Efeitos da melatonina nos níveis de IGF-I e esteroides sexuais e no sistema reprodutor (ovários e útero) de ratas adultas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Dair, Elisabete Lilian [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23607
Resumo: A pineal é aceita como reguladora da reprodução em mamíferos, por sua capacidade de interagir com as gonadotrofinas e influenciar as gônadas e promover a ciclicidade estral em algumas espécies. Contudo, sua função em espécies não foto-periódicas (camundongo, rato, macaco e ser humano) ainda não está totalmente esclarecida. Por este motivo, propusemo-nos a avaliar a histomorfologia e a histomorfometria do sistema reprodutor (ovários e útero), bem como os níveis plasmáticos de IGF-I e dos esteróides sexuais em ratas pinealectomizadas ou mantidas sob estímulo luminoso contínuo e após o tratamento com melatonina. Foram utilizadas ratas albinas, adultas, virgens, pesando aproximadamente 250g, da linhagem EPM - 1 Wistar. As ratas foram divididas, aleatoriamente, em seis grupos, a saber: GI – controle, tratado com veículo (n=20); GII – falsamente pinealectomizado, sham, tratado com veículo (n=20); GIII – pinealectomizado e tratado com veículo (n=20); GIV - pinealectomizado e tratado com melatonina (n=20); GV - submetido à luz contínua e tratado com veículo (n= 20); GVI – submetido à luz contínua e tratado com melatonina (n=20). O tratamento com melatonina (GIV e GVI) foi realizado por 90 dias consecutivos. Na noite anterior ao término do estudo, os animais foram colocados em gaiolas metabólicas, coletandose a urina noturna. Posteriormente, o sangue foi retirado pelo plexo ocular nos animais para determinação hormonal. Em seguida, as ratas foram sacrificadas e os ovários e o útero foram removidos para análise histomorfológica e histomorfométrica. Observou-se que a redução dos níveis séricos da melatonina (pela pinealectomia ou luz contínua, grupos III e V, respectivamente) determinou elevação sérica de estrogênio e redução significante de progesterona e IGF-I. Já a reposição com melatonina, reverteu este estado nos animais pinealectomizados, mas não nos animais sob luz contínua (grupo VI). Houve diminuição dos níveis androgênicos nos animais que receberam melatonina (grupos IV e VI) em relação os animais com baixos níveis de melatonina (grupos III e V). A diminuição sérica de melatonina (grupos III e V) determinou a proliferação do endométrio. Este efeito não foi totalmente bloqueado nos animais submetidos à luz contínua ou à pinealectomia e que foram tratados com melatonina. A diminuição dos níveis de melatonina determina alterações histomorfológicas e histomorfométricas nos ovários, sendo que a reposição de melatonina restaura essas modificações nos folículos ovarianos, bem como no epitélio e no estroma (células intersticiais). Contudo, o efeito desse hormônio tem menor impacto no epitélio superficial do ovário dos animais sob luz contínua. Nossos dados sugerem que a melatonina interfere com a produção hormonal e o sistema reprodutor, mas não é efetiva em animais sob luz contínua; possivelmente outros mecanismos que possam estar envolvidos sejam independentes da pineal.