Avaliação da força muscular e da função do membro superior de pacientes com câncer de mama, antes e após o tratamento cirúrgico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Haddad, Cinira Assad Simão [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1815941
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46391
Resumo: Objetivos: Avaliar a força muscular, amplitude de movimento (ADM), dor, função e perimetria dos membros superiores nas pacientes após o tratamento cirúrgico do câncer de mama, em diferentes períodos pós-cirúrgicos e grupos distintos de seguimento de reabilitação: orientação domiciliar com exercícios tradicionais de pós-operatório versus sessões semanais de fisioterapia com exercícios tradicionais associados ao treino de força para os movimentos do ombro. Casuística e Métodos: Estudo prospectivo, randomizado, cego. Os grupos foram divididos quanto ao tipo cirúrgico (Mastectomia -M e Quadrantectomia -Q) e quanto ao tipo de reabilitação (sessões semanais de Fisioterapia -F e Orientação apenas -O). Todas as pacientes realizaram avaliação pré-operatória e orientação de cuidados gerais; depois retornaram após um, dois, três e seis meses de pós-operatório para reavaliação e reorientação. O grupo Fisioterapia realizou, além do recebimento das orientações, sessões semanais de fisioterapia com o objetivo de fortalecimento muscular de membros superiores entre um e três meses da cirurgia. Resultados: As avaliações de força muscular demonstraram maior perda no primeiro mês, para todos os movimentos, com menor prejuízo na rotação externa. Todas foram gradativamente aumentadas conforme o tempo para ambos os grupos, porém a recuperação total da força se deu no segundo e no terceiro mês para o grupo F diferentemente do grupo O, no qual a força não foi recuperada para nenhum movimento até o terceiro mês da cirurgia. Já na análise da ADM, os mais atingidos foram flexão e abdução, as quais não tiveram seus valores recuperados para nenhum dos grupos de reabilitação após o terceiro mês da cirurgia, porém podem-se notar valores mais altos para o grupo F. Na ADM, o fator tipo cirúrgico influenciou na sua redução e na recuperação, já que cirurgias mais radicais (M) apresentaram maiores déficits. A dor esteve presente em todos os períodos de pós-operatório, com maior incidência no grupo O, principalmente após 6 meses da cirurgia, quando a diferença foi significante em relação ao grupo F. A função do membro superior foi recuperada após 2 meses de cirurgia no grupo F e após o terceiro mês no grupo O. A presença de linfedema, avaliada pela perimetria bilateral, não apresentou diferenças estatísticas entre os grupos F e O. Conclusão: o acréscimo de exercícios semanais de fortalecimento na reabilitação convencional após a cirurgia por câncer de mama traz benefícios relacionados ao ganho de força muscular e acelera a recuperação da função do membro superior, com ganhos nas amplitudes de movimento e redução da dor e sintomas na região da cirurgia, principalmente para aquelas pacientes que realizaram cirurgias mais radicais, favorecendo o retorno mais precoce.