Acompanhamento de pacientes vítimas da epidemia de Glomerulonefrite por Streptococcus Zooepidemicus, em Nova Serrana, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pinto, Sergio Wyton Lima [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67276
Resumo: Introdução: Existe uma grande controvérsia quanto ao prognóstico, em longo prazo, de pacientes vítimas de GNPA, em especial, quando se considera a população adulta. Neste estudo, fizemos um acompanhamento longitudinal do RFGe da população acometida por uma epidemia de glomerulonefrite pós-estreptocócica aguda, na cidade de Nova Serrana, MG, Brasil, provocada por um Streptococcus do grupo C de Lancfield, o Streptococcus zooepidemicus, cujos dados puderam ser resgatados em 2019. Concomitantemente, fizemos um corte transversal para avaliamos como se encontra essa população, segundo uma série de variáveis clínico-laboratoriais, 20 anos após o episódio agudo. Métodos: Buscamos os dados dos pacientes que foram estudados, nos anos 1998, 2000, 2003, 2008 e 2019. Inferimos o RFGe de cada grupo em cada uma dessas visitas. O último grupo avaliado (2019) foi submetido a uma avaliação clínica e laboratorial. Medimos a PA e solicitamos os seguintes exames laboratoriais: HbsAg, ácido úrico, proteinúria, HDL, LDL, VLDL, triglicérides, Hb, Ht e hematúria. Estimamos o RFG dos pacientes encontrados, em 2019 e fizemos uma comparação com o RFGe calculado nas visitas anteriores. Resultados: Encontramos os dados de 66 dos pacientes estudados, em 1998, dados de 49 dos pacientes que foram estudados, em 2000, 40 dos pacientes que foram estudados em 2003, 60 dos pacientes que foram estudados, em 2008 e revimos, em 2019, 47 dos pacientes do grupo original. Na análise do corte transversal, 40% tinham HAs e 32% HAd. 21 pacientes apresentaram RFGe < 60 ml/mim/173 m2 e 8 com PCU > 150, sendo que 25 pacientes dos 47 apresentaram RFGe < 60 ml/mim/173 m2 ou PCU > 150 mg/g. Na análise univariada do corte transversal, as variáveis com p < 0,2 foram levadas para a análise multivariada. Apenas a idade apresentou significância estatística. Na análise univariada longitudinal, observamos um ganho importante do RFGe, após a fase aguda, que se manteve, durante 10 anos. Porém, na avaliação de 20 anos, o RFGe, praticamente, retornou aos mesmos níveis da primeira fase. Nesse caso, também a idade foi o que mais impactou na queda do RFGe. Na análise multivariada longitudinal, calculamos que a perda do RFGe, nos últimos 10 anos, foi de 3,2 ml/ano, configurando uma perda acelerada do RFGe.