Escolarização do aluno com deficiência auditiva: estudo comparativo entre alunos do ensino regular e do ensino especial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Guerra, Gleidis Roberta [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20493
Resumo: Introdução: A partir do disposto em lei, as escolas de ensino regular passam a receber em suas salas de aula alunos com deficiência, e cada vez mais a integração social passa a ser discutida pelos espaços educacionais e em todos os campos da sociedade. No município de Mau·, este processo se iniciou em 1997, gerando dúvidas e ansiedade nas famílias, na equipe de reabilitação e nos professores. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi comparar o desenvolvimento cognitivo, o desempenho comunicativo e linguístico, oral, gestual e gráfico, de crianças com deficiência auditiva de grau severo a profundo que frequentam o ensino regular e o ensino especial, além de conhecer a opinião dos professores acerca do trabalho com o surdo. Método: Foram avaliadas 39 crianças com deficiência auditiva de grau severo a profundo, sendo 20 do ensino regular e 19 do ensino especial, que estavam entre a fase III (pré) da Educação Infantil e a 4ª série do Ensino Fundamental, com no mínimo dois anos de escolarização na modalidade de ensino estudada. A avaliação envolveu aspectos comunicativos e linguísticos conforme proposto por Chiari (1987) e aplicação das provas piagetianas de quantidade de matéria, transvazamento e inclusão de classes adaptadas de Weiss (1992). Além da avaliação da criança, foi aplicado um questionário contendo 11 perguntas de múltipla escolha aos professores responsáveis pela sala de aula do aluno avaliado. Os questionários foram respondidos por escrito e entregues posteriormente ao examinador. Resultados: Os resultados mostraram diferenças entre os grupos de alunos com relação à série escolar, desenvolvimento e tipo de linguagem utilizada e uso de próteses auditivas. Por outro lado, não houve diferenças em relação aos resultados da avaliação do desenvolvimento de leitura e escrita, das provas piagetianas e das habilidades e dificuldades do aluno surdo. Os grupos de professores discordaram quanto ao melhor local para o surdo estudar, a necessidade de recursos, e a modificação do trabalho pela presença de um aluno surdo. Conclusões: Os alunos com deficiência auditiva do ensino especial estão em séries mais avançadas do que os do ensino regular, no entanto, esses não apresentaram desempenho superior nas provas de leitura e escrita. Os inseridos no ensino regular apresentaram melhor desenvolvimento de fala e linguagem além do uso mais efetivo das próteses auditivas. Ambos os grupos não apresentaram desempenho satisfatório nas provas piagetianas, não conseguiram utilizar a leitura e escrita como forma de comunicação e apresentaram dificuldades e habilidades semelhantes. Cada grupo docente indicou como melhor local para o surdo estudar o sistema em que atua, o professor do ensino regular apontou mudanças no seu trabalho pela presença do aluno surdo e levantou a necessidade de recursos extraclasse para o melhor desenvolvimento deste aluno.