Nas disputas de representação, a manutenção de uma tradição: brasilidade e pan-americanismo nos livros didáticos de História do Brasil e História da América de Antônio José Borges Hermida e Joaquim Silva (1951-1971)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vaz, Felipe Augusto dos Santos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61496
Resumo: A investigação que ora se apresenta busca analisar e problematizar o conjunto de representações contido em alguns livros didáticos de História do Brasil e História da América, publicados nas décadas de 1950 e 1960, com o propósito de compreender as tentativas de construção e manutenção de certos modelos de cultura idealizados para a definição das identidades nacional brasileira e pan-americana. Para tal, foram tomados como fontes históricas o História do Brasil para a primeira série do ginasial, o História da América para a segunda série do ginasial, e o Compêndio de História do Brasil: primeira e segunda séries do curso médio, de Antônio José Borges Hermida; e o História do Brasil para a primeira série do ginasial, o História da América para a segunda série do ginasial, e o História do Brasil para o curso médio (primeira e segunda séries), de Joaquim Silva – todos publicados sob o selo da Companhia Editora Nacional (CEN). Além disso, pontua-se que foram estabelecidos como marcos temporal os anos de 1951 e 1971 - que não apenas marcaram mudanças expressivas nas propostas curriculares das disciplinas em questão, como também evidenciaram significativas alterações nas políticas públicas para o livro didático e, por conseguinte, na produção editorial destes materiais. Ressalta-se que para o exame dos manuais, tanto no âmbito de suas materialidades quanto na esfera de seus conteúdos históricos, se fizeram indispensáveis os trabalhos de Chartier (1990; 1998); Munakata (1997); Másculo (2008); e Toledo (2001; 2010; 2015). A análise realizada permitiu identificar que em meio às disputas de representações sobre - e no - ensino de história dos anos 1950 e 1960, estes materiais fundamentaram a manutenção de uma tradição específica de historicização do passado histórico – que supervalorizava a história nacional e possibilitava a construção de um imaginário marcado pela soberania do Brasil no continente americano.