Papel do microRNA-26a no reparo do tecido renal em modelo de lesão renal aguda por rabdomiólise
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5349630 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50626 |
Resumo: | Introdução: Os microRNAs (miRs) são um tipo de RNA que controlam a expressão gênica de mRNAs reprimindo sua tradução. Além de papel relevante na modulação fisiológica de genes alvo, os miRs também estão envolvidos em processos patológicos, onde eles se apresentam diferentemente expressos. A lesão renal aguda (LRA) é, na grande parte dos casos, reversível com regeneração do tecido lesado. O fator de crescimento do hepatócito (HGF) tem papel relevante neste processo, e é alvo do miR-26a. Objetivos: Avaliar a participação do miR-26a no processo de reparo tecidual renal em ratos submetidos à modelo de LRA induzida por rabdomiólise. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar machos e adultos. O modelo de LRA por rabdomiólise foi induzido por glicerol (6 mL/Kg). Os animais foram separados em 6 grupos: Controle e os grupos tratados com glicerol avaliados após, 3, 12, 48, 96 e 120 horas. Em todos os animais foram coletadas amostras de sangue e urina de 24 horas para mensuração de creatinina, ureia e eletrólitos. Após 120 horas os animais foram eutanasiados e os rins retirados e utilizados para a avaliação da expressão gênica por qPCR de Beta-actina, HGF, c-met (receptor do HGF), STAT3 (fator indutor de proliferação pela via de sinalização do HGF), superóxido dismutase 1 (SOD1), miR-200c (controla a expressão de SOD1) e miR-26a. O efeito do silenciamento do miR-26a foi avaliado in vitro, em células epiteliais em cultura estimuladas com Fe3+ e transfectadas com anti-miR26a. Foram avaliadas a viabilidade celular e a expressão gênica de STAT3 e miR-26a. Resultados: Os animais desenvolveram LRA, com pico de queda da FG observado no grupo 48 horas (~97%),quando foi observado também a maior FENa. Após esse período iniciou-se a fase de recuperação da FG a partir das 96 hs, com retorno aos valores normais após 120 hs. A SOD1 apresentou queda de expressão em todos os momentos avaliados, indicando presença de estresse oxidativo. Apesar disto, a expressão do miR-200c indicando ausência de correlação entre o miR200c e SOD1 neste modelo. O pico de aumento na expressão do HGF e do c-met ocorreu após 3 hs, enquanto que a expressão do miR-26a reduziu significantemente em 48 hs e aumentou em 96 hs. Os resultados in vivo sugerem que o estímulo para síntese de HGF ocorreu na fase inicial de instalação da LRA, com pouca interferência do miR-26a. Na fase de recuperação o pico de elevação do miR-26a foi coincidente com redução na expressão do HGF indicando que nesta fase o miR-26a teria um papel na modulação do HGF. No modelo in vitro, a adição de Fe3+ às células provocou morte celular significante (30%) após 3 hs. Houve recuperação da viabilidade celular após 24 hs. Houve aumento na expressão gênica de c-met e de miR-26a em 3 hs, e diminuição significante em 24 hs quando foi observado um aumento na expressão de STAT3. Para avaliar possível relação entre miR-26a, STAT3 e viabilidade celular, realizamos o silenciamento do miR-26a, o que foi associado à elevação de STAT3, porém essa relação foi semelhante entre as células estimuladas e não estimuladas com Fe3+, sugerindo que a lesão induzida pelo Fe+3 não alterou esta relação. Por outro lado, o silenciamento do miR-26a induziu aumento na viabilidade em relação ao grupo que só recebeu o ferro. Conclusão: miR-26a foi relacionado com a expressão do HGF principalmente na fase de recuperação da função renal sugerindo um papel relevante na modulação dos efeitos do HGF. Além disso, a relação miR-26a/ STAT3 pode ter papel relevante no processo de reparo após insulto de ferro in vitro independentemente do HGF. |