Influência da temperatura interpasse na soldagem de aços microligados e revestidos com ligas de níquel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Moraes, Diogo de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/65310
Resumo: No setor de óleo e gás o custo de instalação da infraestrutura para escoamento da produção realizadas longe da costa terrestre é considerada uma variável importante na tomada de decisão da viabilidade econômica de projetos. Neste trabalho realizou-se a soldagem pelo processo com arame sólido com proteção gasosa (GMAW) de tubos de materiais de alta resistência e baixa liga (ARBL) do tipo API 5L X70 e X65 revestidos com superliga a base de níquel visando a avaliação dos efeitos de uma temperatura interpasse menos restritiva para que a união soldada seja realizada de maneira mais ininterrupta possível. As seguintes temperaturas interpasse foram estudadas para cada material: para os tubos API 5L X70 temperaturas interpasses de 300° C, 389°C e 438° C e para o API 5L X65 revestido com superliga a base de níquel com 307° C, 370°C e 412° C. Para cada condição testou-se as juntas através de ensaio de tração, impacto charpy, dureza, corrosão e análise microestrutural. Com o aumento da temperatura interpasse as análises microestruturais mostraram uma alteração na morfologia do constituinte martensitaaustenita (M-A) da zona termicamente afetada (ZTA) de grão grosseiros e reaquecidos intercriticamente para ambos os materiais estudados, tornando-se do tipo massivo. No entanto, apenas para a temperatura interpasse de 412° C para os tubos API 5L X65 revestido com superliga a base de níquel que ocorreu uma diminuição da tenacidade da ZTA medida pelo ensaio de impacto charpy. Para os ensaios de tração, dureza e corrosão o aumento de temperatura interpasse pouco alterou os resultados. Com base nesses resultados, considerou-se viável um aumento da temperatura interpasse até pelos 370° C durante a soldagem GMAW usando o aporte de calor adotado. Esta é uma temperatura que se adotada pode reduzir os custos devido a diminuição do tempo total de soldagem em aproximadamente três minutos por junta para tubos ARBL.