Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
França Junior, Edevard Pinto [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/49801
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Resumo: |
Este trabalho estuda as representações da cidade de Salvador e de seus habitantes presentes no documentário O Capeta Carybé. Produzido entre 1995 e 1996, e lançado no mercado exibidor no ano de 1997, com roteiro adaptado do livro homônimo de Jorge Amado e dirigido pelo cineasta Agnaldo Siri Azevedo, narra a relação entre o artista plástico Hector Júlio Paride Bernabó, mais conhecido como Carybé, com a cidade de Salvador. Tanto o livro de Jorge Amado quanto as obras plásticas de Carybé não podem ser dissociados da análise do documentário, pois devem ser vistos concomitantemente como linguagens que são retraduzidas para a narrativa fílmica, mas principalmente como representações escrita e artística desses sujeitos históricos e suas temporalidades que foram deslocados ou retraduzidos historicamente para constituir uma visão da cidade de Salvador e de seus habitantes manejados pela lente do cineasta a partir do seu tempo presente. Neste sentido, deslocar ou retraduzir significa ao mesmo tempo captar o modo com as imagens em movimento do cinema são construídas em uma narrativa e descobrir as temporalidades que a engendram, isto é, o documentário como uma película do e no tempo. Para chegar na análise do filme, vamos primeiramente apresentar a inserção de Agnaldo Siri Azevedo na trama social e cultural de Salvador entre os anos 1950 a 1970. Posteriormente, vamos mergulhar em sua produção cinematográfica, identificando seus principais temas e procedimento estético-políticos entre os anos 1960 e 1990. Por último, apresentamos a análise do documentário, onde identificamos as representações construídas por “Siri” a partir do referencial construído por Jorge Amado e Carybé. Percebemos que ambos os artistas desejavam registrar uma memória da cidade do Salvador, compatível com suas experiências, tendo consciência de que as coisas sempre se renovam com o tempo. |