Implicações do Realismo Socialista na Trilogia Os Subterrâneos da Liberdade de Jorge Amado

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Nunes, Murillo Barros [UNIFESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
• Palavras-chave em Português: Realismo Socialista; Jorge Amado; Revolução Russa
• Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67417

Elegendo a trilogia Os Subterrâneos da Liberdade (1954) como objeto de pesquisa, este projeto busca analisar o romance à luz dos ideais do autor que segue linearmente o Partido Comunista Soviético. O objetivo geral é investigar a influência da estética do Realismo Socialista na construção dos romances. Os objetivos específicos são: tentar apresentar um breve panorama das mudanças artísticas na Rússia Soviética; compreender a transição do Realismo Socialista para o Brasil; e analisar o romance de acordo com essa perspectiva. A pesquisa será dividida nos seguintes capítulos: panorama da (pré)revolução (do período que antecede a Revolução Russa até a instituição do Realismo Socialista); entre a literatura e a política (a transição da estética para o Brasil e sua relação com a biografia política de Jorge Amado); o Realismo Socialista em Jorge Amado (aplicação das teorias dos capítulos anteriores na análise do romance considerando três personagens centrais: Joseph Stálin, Camarada Ruivo e Abelardo Saquila). Em relação ao método de trabalho, a pesquisa recorre a alguns livros seminais na problematização da ideologia comunista e sua representação nas artes em geral, e na literatura, em particular. Dentre os textos consultados, os principais serão Dez Dias que Abalaram o Mundo, de John Reed; A Revolução Russa, de Maurício Tratgtenberg; Literatura e Revolução, de Leon Trótski; Revolução, Arte e Cultura, de Anatoli Lunatchárski; Escritos, de Andrei Zhdanov; O Controle Político da Literatura Russa na URSS: 1946-1959, de Harold Swayse; Do Realismo Socialista ao Zdhanovismo, de Vittorio Strada; e O Imaginário Vigiado: a Imprensa Comunista e o Realismo Socialista no Brasil (1947-1953), de Dênis de Moraes.