Estudo prospectivo, comparativo do efeito analgésico entre técnica WALANT e anestesia local associada à sedação para cirurgia de mão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ramos, Patrick Rech [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/66014
Resumo: Justificativa: Em cirurgias da mão, houve aumento de interesse pela técnica WALANT (wide awake, local anesthesia, no tourniquet). Para procedimentos de pequeno porte ela é uma técnica já implementada em várias partes do mundo. Na técnica é realizada em sala cirúrgica ambulatorial, agilizando a realização de cirurgias e reduzindo o custo. A aceitação desse tipo de anestesia por parte do paciente é boa, a partir do momento que ele entende seus benefícios. Não há relato de aumento de complicações em relação as cirurgias realizadas no centro cirúrgico. Não foram encontrados muitos estudos nacionais e os disponíveis se limitam a relatar sobre o uso de anestesia local com adrenalina e sua segurança. Dessa forma este estudo se faz necessário para avaliar a intensidade da dor, conforto do paciente, necessidade de complementação e efeitos adversos. Objetivos: O objetivo primário deste estudo foi comparar a técnica WALANT com a anestesia local associada à sedação em relação a intensidade da dor para procedimentos cirúrgicos de pequeno porte da mão. Os objetivos secundários foram avaliar a necessidade de complementação analgésica intra e pós-operatória e os efeitos adversos. Método: O estudo foi clínico, prospectivo, randomizado e comparativo. O tamanho da amostra em cada grupo foi determinado após avaliação estatística dos resultados de um projeto piloto. Os participantes foram alocados em um dos dois grupos. Os pacientes do grupo 1 foram submetidos a técnica WALANT e os do grupo 2 foram submetidos a anestesia local associada a sedação, para cirurgia eletiva. Os procedimentos cirúrgicos foram: síndrome do túnel do carpo, tenossinovite de De Quervain, cisto sinovial, cisto de dedo e dedo em gatilho. Resultados: Não houve diferença entre os grupos na intensidade máxima da dor entre grupo WALANT (1sem: 3,0±2,0; 2sem: 1,2±1,9; 4sem: 0,5±1,6) e local associada à sedação (1sem: 3,2±2,7; 2sem: 1,4±2,3; 4sem: 0,6±1,4). Não houve diferença na necessidade de complementação intraoperatória com anestésico local. Não houve diferença entre os grupos em relação ao conforto durante a cirurgia (WALANT= 9,5+1,3; local + sedação= 9,71+1,0; teste de Mann-Whitney; p=0,314. Não houve diferença entre os grupos nos efeitos adversos e complicações entre os grupos. Não houve diferença entre os grupos na necessidade de complementação de analgésicos pós-operatória. Nenhum evento adverso grave foi observado. Conclusões: Na técnica WALANT a intensidade da dor, a necessidade de complementação, o conforto para o paciente e os efeitos adversos foram semelhantes à da anestesia local associada a sedação, para cirurgias de pequeno porte em mão.