Avaliação do exame ultra-sonográfico de pacientes afastados do trabalho com diagnóstico de LER de uma indústria de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Mitraud, Sônia de Aguiar Vilela [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20792
Resumo: Objetivos: Analisar o exame ultra-sonográfico no diagnóstico da LER/DORT, através da correlação entre os aspectos clínicos com os achados ultra-sonográficos (avaliação qualitativa) de ombros e punhos e análise das dimensões do túnel do carpo e nervo mediano nos indivíduos sintomáticos e assintomáticos. Métodos: Realizados exames ultra-sonográficos com transdutor linear de alta resolução (10 MHz) de ombros e punhos em 56 indivíduos, todos do sexo feminino, montadores de velocímetros, sendo 41 sintomáticos e afastados do trabalho com diagnóstico de LER/DORT e 15 assintomáticos. A técnica utilizada segue a estabelecida na literatura. Foram correlacionados os achados ultra-sonográficos com os achados de exame físico de acordo com significância clínica que cada teste realizado poderia indicar (quadros 1 e 2). As medidas do túnel do carpo e nervo mediano realizadas em diversos planos (pisiforme e hamato) e a área calculada através do método indireto, considerando o túnel do carpo e nervo mediano com forma geométrica ovóide. Os achados foram submetidos à avaliação estatística. Resultados: Os principais achados de exame físico nos 41 indivíduos sintomáticos foram: dor a palpação da cintura escapular, teste do pinçamento subacromial positivo, dor a palpação no punho e testes de Phalen e Finkelstein positivos. Dos 82 exames de ultra-som nos indivíduos sintomáticos: 29 exames de ombros (35,4%) e 17 exames de punhos (20,7%) mostraram-se alterados. As principais foram: Líquido/bursite subacromial subdeltoídea, líquido na bainha do tendão da cabeça longa do bíceps, nervo mediano espessado e líquido na bainha dos tendões flexores. Dos 30 exames de ultra-som nos indivíduos assintomáticos 10 exames (33,3%) mostraram alguma alteração. O achado mais freqüente foi: tendinopatia calcária em 8 casos, 66,7% do total dos achados encontrados. Na correlação entre o exame físico e achados ultra-sonográficos no ombro, não houve concordância significativa para dor a palpação e pinçamento subacromial; houve concordância significativa para a negatividade entre lesão do manguito rotador e do tendão da cabeça longa do bíceps. Não houve concordância significativa entre o exame físico e achados ultra-sonográficos no punho. Não houve diferença estatisticamente significante entre as medidas do túnel do carpo e nervo mediano para os indivíduos sintomáticos e assintomáticos. Conclusões: O exame ultra-sonográfico não mostrou correlação significativa com os parâmetros clínicos, em pacientes com LER/DORT, porém pode confirmar a ausência de lesão tecidual específica principalmente nos ombros devido à correlação estatística para a negatividade entre os teste do manguito e tendão da cabeça longa do bíceps. Não houve diferença nas dimensões do túnel do carpo e nervo mediano entre os indivíduos sintomáticos e assintomáticos.