A existência de Deus em Duns Scotus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Roberto de Sousa [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
God
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39263
Resumo: Duns Scotus, teólogo padre franciscano e filósofo do século XIII busca provar a existência de Deus através da questão “se há entre os entes um ente infinito atualmente existente” (Ordinatio I, parte 1, qq. 1-2.). O Doutor Sútil elabora uma prova dentre as mais complexas, por isso, não é uma prova fácil de ser analisada, mesmo porque temos no mínimo quatro versões: na Lectura (I, d. 2, q. 1, nn. 38- 135), na Ordinatio (I, d. 2, q. 1, nn. 1-156), na Reportatio (I, d. 2, q. 1) e no De primo principio. Vê-se que o tema é um dos problemas centrais da filosofia scotista. Nossa pesquisa enxerga na Ordinatio I (d. 2, q. 1) uma versão completa e madura da prova da existência de Deus em Scotus, além de ser uma edição crítica da resposta do mestre franciscano à questão. Por isso, é aquela que em especial exploraremos. Nessa obra, Scotus argumenta sobre a prova da existência de um princípio absolutamente simples, que seria primeiro na ordem de causalidade eficiente e final. Em seguida, demonstra que esse ente absolutamente simples é plenamente primeiro, pois é primaz em eficiência, finalidade e eminência. Também procura provar que essa tríplice primazia cabe a uma única natureza. Portanto refere-se a um único ente descrito como infinito, pois o primeiro em causalidade só pode causar a si mesmo e ser causa por si mesmo, não é causado por nada externo. Esse ente só pode ter a si mesmo como finalidade, pois, do contrário, não seria primeiro. Do mesmo modo, ele só pode ser primaz em eminência, senão não seria primeiro. Uma vez provadas a unidade e simplicidade desse ente, Scotus parte para a demonstração das propriedades absolutas de Deus. Ele as vê em duas partes: na primeira, trata da inteligência e vontade, e na segunda, da infinidade desse primeiro ente. Logo em seguida, iremos explorar os argumentos de Scotus que corroboram a afirmação da Unicidade de Deus que ele trata na Ordinatio I, parte I questão 3.