Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Souza, Ana Rosa Lins de [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22319
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Resumo: |
Os benzodiazepínicos (BZDs) são fármacos utilizados como ansiolíticos, hipnóticos/sedativos, coadjuvantes na anestesia, anticonvulsivantes e miorrelaxantes. Entre os psicofármacos, os BZDs são os mais prescritos no Brasil, especialmente para mulheres. Apesar da considerável prevalência e do potencial de abuso, ainda são escassos os estudos sobre o uso indevido desses medicamentos entre mulheres adultas. O objetivo deste trabalho foi estudar, por meio de metodologia de base qualitativa, os contextos e os padrões de uso indevido de benzodiazepínicos entre mulheres adultas residentes no município de São Paulo e imediações. Metodologia: Foi composta uma amostra intencional por critérios de 33 mulheres entre 18-60 anos com histórico de uso indevido de BDZ no ano. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, cujo conteúdo foi transcrito e submetido à análise de conteúdo com auxílio do software NVivo. Resultado: Foi observado que, entre as usuárias de benzodiazepínicos entrevistadas, a forma mais freqüente de uso indevido foi o uso prolongado (mediana=7 anos). Os principais motivos de uso foram relacionados à ansiedade, insônia e “fuga dos problemas”. A maioria referiu acompanhamento médico, mas poucas relataram percepção de riscos. Mesmo entre aquelas que relataram ter alguma percepção da sua dependência, a maioria afirmou preferir continuar com o uso. Foram referidas estratégias de parada e/ou redução do consumo, entre as quais: rezar, práticas de relaxamento e psicoterapias. Conclusões: Os resultados mostram que o uso indevido relacionado ao tempo prolongado vem acompanhado por ausência de informações adequadas sobre os riscos dos BZD, mesmo com acompanhamento médico. Os resultados ressaltam a importância da orientação e acompanhamento adequado, como campanhas informativas que salientam a necessidade de ampliação da percepção de risco pessoal entre mulheres que fazem uso prolongado de benzodiazepínicos. |