Efetividade das infiltrações subacromiais nas lesões do manguito rotador: revisão sistemática e metanálise.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Goulart, Luana Tossolini [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69184
Resumo: Introdução: As infiltrações subacromiais são recursos terapêuticos para lesões do manguito rotador, porém ainda não há evidências consistentes da efetividade de cada droga utilizada, tampouco da superioridade de uma opção sobre a outra. Objetivo: analisar a efetividade das substâncias utilizadas nas infiltrações subacromiais para o tratamento de lesões do manguito rotador, considerando melhora da dor e da função do ombro. Método: revisão sistemática e metanálises (pareadas e em rede) de ensaios clínicos randomizados e quasi-randomizados comparando opções de medicamentos e/ou produtos biológicos nas infiltrações subacromiais para lesões do manguito rotador. Resultados: foram incluídos 20 ensaios clínicos randomizados nessa revisão sistemática, totalizando 1479 participantes. As melhores opções de infiltração subacromial, considerando melhora álgica e funcional, avaliada pelo Constant-Murley Score (CMS), no curto prazo, foram o ácido hialurônico (AH) e a combinação de AH com Plasma Rico em Plaquetas (PRP). No médio prazo, por meio de análises diretas, AH, PRP, AH + PRP e corticoide não foram superiores ao placebo considerando Escala Visual Analógica (EVA), porém, por análises indiretas, o AH foi a melhor opção dentre os tratamentos avaliados. Na avaliação funcional pelo American Shoulder and Elbow Surgeons Society Standardized Shoulder Assessment score (ASES), o AH associado ao PRP foi superior ao placebo, corticoide e ao PRP isolado. No longo prazo, AH, PRP e corticoide não tiveram melhor desempenho que o placebo na redução da dor. No entanto, em relação a melhora funcional, mensurada pelo CMS e pelo ASES, tanto o AH associado ao PRP, como o PRP e o AH isolados foram superiores ao placebo e o AH com o PRP foi considerado o melhor tratamento. A avaliação funcional mensurada por Simple Shoulder Test (SST), Western Ontario Rotator Cuff (WORC) e The Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) não demonstrou diferença entre as opções de infiltração e placebo em nenhum momento. Conclusão: as infiltrações subacromiais de AH com PRP e o AH isolado foram as mais efetivas para dor e função no curto prazo. No médio prazo, nenhuma das opções (AH, PRP, AH + PRP e corticoide) foi melhor que o placebo nas comparações diretas em termos de melhora álgica, porém, na classificação dos tratamentos, o AH ficou em primeiro lugar; a associação de AH com PRP foi a melhor opção para ganho de função. No longo prazo, a infiltração de AH combinado ao PRP resultou em considerável melhora da função, mas nenhuma opção avaliada nesse período foi efetiva para melhora da dor.