Estado pró-inflamatório na odontogenese de fetos perante a ingestão materna de diferentes tipo de ácidos graxos durante a gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lebeis, Isabella Bortoloto [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63954
Resumo: A dieta materna exerce influência direta no desenvolvimento embrionário do feto. Particularmente, o consumo exacerbado de ácidos graxos saturados é prejudicial, pois contribui para o aumento das taxas séricas de colesterol. Da mesma forma, os ácidos graxos trans têm a capacidade de inibir a ação de enzimas dessaturantes Δ5- e Δ6-dessaturases, responsáveis pela biossíntese dos ácidos graxos essenciais, comprometendo o desenvolvimento do feto, além de elevar o nível de LDL e reduzir o HDL. Por outro lado, há relatos controversos acerca de ácidos graxos poli-insaturados (omega 3 e 6), oscilando em questões como início da administração e variações de apresentação dos mesmos. O objetivo do presente estudo foi analisar as possíveis alterações causadas perante a ingestão materna de diferentes tipos de ácidos graxos, durante a gestação, no estado pró-inflamatório na odontogênese dos fetos. Para isso, foram coletadas 24 maxilas (n=6 por grupo) de ratos da linhagem Wistar no 20º dia de vida intrauterina. As mães foram separadas no primeiro dia de gestação em 4 grupos de acordo com a dieta, conforme descrito a seguir: Grupo controle (C) – dieta com óleo de soja como fonte de gordura, grupo (S) – dieta com banha de porco rica em ácidos graxos saturados, grupo (T) – dieta com gordura vegetal rica em ácidos graxos trans e grupo (PUFA) – dieta com óleo de peixe, rica em ácidos graxos poli-instaturados (ômega 3). Na análise microscópica, os resultados demonstraram ausência de alterações no desenvolvimento tecidual dos dentes entre os grupos com diferentes dietas normolipídicas (T, S e PUFA) quando comparado ao grupo C e a análise imuno-histoquímica para a expressão de STAT3, P-STAT3, SOCS3 e IL-6 não apresentou diferença estatística (p>0,05) comparado ao grupo controle. Contudo, houve alterações (p<0,05) entre o grupo T e o grupo PUFA na expressão de JAK2. Sendo assim, a qualidade da dieta materna durante a gestação na dieta materna continua sendo um tema a ser explorado no desenvolvimento embrionário, apesar de não causar alterações morfológicas ao germe dentário de ratos.