Solução glicosada hipertônica no mesentério e no peritônio de rato: estudo macroscópico e microscópico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Carvalho, Jose Cicero Ferreira de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20719
Resumo: Objetivo: detectar as alterações macroscópicas e microscópicas do mesentério e do peritônio parietal, quando se administra a solução aquosa de glicose hipertônica a 10% e a 25% na cavidade peritoneal de rato. Métodos: Utilizou-se as amostras de 90 ratas (n=90) “Wistar”, adultas jovens, variando entre 180 – 250 g e enumeradas de 1 a 90, constituindo grupo único e distribuído aleatoriamente em três sub-grupos: A, B e C, contendo cada sub-grupo 30 animais com procedimentos idênticos diferindo apenas no período de observação: 6h; 24h; 48h. Em todos os animais praticou-se incisão longitudinal de pele na linha média ventral. As ratas do sub-grupo A ou grupo-controle, receberam 2 ml de uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (NaCl 0,9%) distribuída diretamente na cavidade peritoneal. Usou-se, para isso, seringas descartáveis de 3 ml e posteriormente, seguiu-se de uma síntese em massa da parede abdominal anterior com fio de mononylon 3-0 e excluiu-se o peritônio parietal. Para as ratas dos grupos B e C, (grupo-glicose 10% e grupo-glicose 25%) respectivamente, realizou-se a introdução de 2 ml de soluções de glicose a 10% e 25% na cavidade peritoneal com síntese em massa das paredes abdominais, semelhantes a do grupo A. Resultados: Esses animais foram reoperados nas 6h, 24h e 48h e definiu-se a avaliação macroscópica. Na cavidade peritoneal, observou-se a presença de líquido com uniformidade da serosa e com coloração rósea em toda extensão da área e local estudado. Evidenciou-se presença de congestão vascular. Completou-se a retirada de 90 fragmentos de mesentério e 90 fragmentos de peritônio parietal bilateralmente, totalizando 180 fragmentos. Nenhum animal apresentou necrose e na microscopia do mesentério, as alterações histológicas foram assim distribuídas: 16 casos (17,8%) com inflamação crônica inespecífica; 30 casos (33,4%) com linfonodos hiperplásicos; 10 casos (11,1%) com intensa congestão vascular; 6 casos (6,6%) com fibrose reacional e 28 casos (31,1%) sem alteração, além de ausência de células gigantes, comprovouse uma reação inflamatória de leve intensidade. Nas alterações microscópicas do peritônio parietal, apenas 6 casos apresentaram fibrose reacional (3,3%). Os demais, sem alteração histológica (96,7%). Na análise estatística, não há existência de diferença significativa entre os grupos analisados e as alterações observadas (p>0,05). Conclusões: Concluiu-se, portanto, com base na presente pesquisa, que o uso das soluções de glicose hipertônica e de cloreto de sódio a 0,9% no mesentério e no peritônio parietal não causa necrose tecidual e que o processo inflamatório é de igual intensidade.