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Avaliação de células progenitoras endoteliais em pacientes com esclerose sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andrigueti, Fernando Villela [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=94873
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48241
Resumo: Microangiopatia progressiva e disfunção endotelial são identificadas nas fases iniciais da Esclerose sistêmica (ES). As células progenitoras endoteliais (EPCs) provenientes da medula óssea contribuem para a neovascularização em situações como hipóxia tecidual. Existe ainda grande heterogeneidade em relação a metodologia empregada e quantificação das EPCs na ES. Objetivos: Avaliação dos níveis de EPCs e seus subtipos por citometria de fluxo e cultura em pacientes com ES em comparação a controles. Adicionalmente foi realizada avaliação dos níveis de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em sangue periférico de pacientes com ES em comparação a controles. Métodos: Foram selecionadas 41 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de ES segundo os critérios classificatórios do ACR de 1980 ou com ES precoce (critérios de LeRoy e Medsger de 2001), e 44 controles pareadas para sexo e idade. Foi realizada quantificação dos níveis de EPCs em sangue periférico por citometria de fluxo e cultura celular com contagem do número de unidades formadoras de colônias (UFC). Os níveis plasmáticos de VEGF foram mensurados por ELISA. Resultados: Foram incluídas 30 pacientes com ES segundo os critérios do ACR e 11 com ES precoce, com idade média semelhante a do grupo controle (grupo ES 44,5±12,3 vs controle 44,4±11,9 p=0,962). O tempo de doença no grupo ES foi de 3,2±2,2 anos em média. Os níveis de EPCs e a contagem de UFC foram significantemente menores nos pacientes com ES em relação ao grupo controle (153,0±94,4 vs 241,3±184,2 EPCs/106 linfomononucleares, p=0,009; 15,1±8,5 vs 23,5±11,0 UFC, p<0,001; respectivamente). Houve correlação positiva significativa entre os níveis de EPCs analisados por citometria de fluxo e o número de UFC (p=0,021; R=0,283). Observou-se número de UFC significantemente maior em pacientes com úlceras digitais em comparação àqueles sem úlceras (19,6±10,2 vs 12,1±5,2 UFC, p=0,023). Não houve diferença nos níveis de VEGF entre pacientes com ES e o grupo controle (p=0,267). Houve correlação positiva entre o número médio de crises de fenômeno de Raynaud (FRy) por dia e os níveis de EPCs (p=0,006/R=0,488). Os níveis de VEGF apresentaram correlação positiva com a avaliação do FRy por meio de escala visual analógica (p=0,029/R=0,360). Conclusões: No presente estudo pacientes com ES apresentaram níveis menores de EPCs tanto por avaliação por citometria de fluxo quanto por cultura celular em relação a controles, independentemente do subtipo de doença e tempo de evolução. Pacientes com úlceras digitais apresentaram maior número de UFC em comparação aqueles sem úlceras. Sugere-se assim que as EPCs possam participar das alterações vasculares presentes na ES desde fases iniciais da doença.