Estudo com PET-CT com Fluordeoxiglicose-F18 e dosagens de IL-2, IL-6, IL-8, IL-12, IL-18, TNF-α, MMP-3 e MMP-9 em pacientes com arterite de Takayasu para avaliação de atividade de doença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Arraes, Anne Elizabeth Diniz [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71735
Resumo: Objetivos: Objetivo primário: Avaliar a intensidade de captação do FDG-F18 no PETCT e os níveis séricos de IL-2, IL-6, IL-8, IL-12, IL-18, TNF-, MMP-3 e MMP-9 em pacientes com arterite de Takayasu (AT); Objetivos secundários: Verificar possível associação entre intensidade de captação do FDG-F18 no PET-CT e sinais clínicos de atividade da doença; Comparar os níveis séricos de IL-2, IL-6, IL-8, IL-12, IL-18, TNF, MMP-3 e MMP-9 em pacientes com AT com e sem atividade clínica da doença e controles; Comparar os níveis séricos de IL2, IL-6, IL-8, IL12, IL-18, TNF-, MMP-3 e MMP-9, VHS e PCR com a intensidade de captação do FDG-F18 no PET-CT em pacientes com AT. Métodos: Estudo transversal. Foram realizadas avaliações clínica, laboratorial (níveis de VHS, PCR, IL-2, IL-6, IL-12, IL-8, IL-12, IL-18, TNF-, MMP-3 e MMP-9) e de imagem (exame PET-CT FDG-F18, no qual foram avaliados os valores máximos de captação - SUVmáx- nas paredes da aorta e seus principais ramos). Foram realizados 38 protocolos de avaliação em 36 pacientes. Serviram como controles laboratoriais 36 voluntários sem doenças inflamatórias, pareados por sexo e faixa etária com os pacientes. Exames de 6 indivíduos sadios foram utilizados como controles para o PET-CT. Resultados: Os níveis de TNF- foram maiores nos pacientes com AT que nos controles, mas não diferiram entre pacientes ativos e inativos. A IL-6 apresentou níveis maiores nos pacientes que nos controles, e nos pacientes ativos em relação aos inativos. Os níveis de MMP-3 foram maiores nos pacientes que nos controles, sem diferença entre ativos e inativos. Não houve diferença dos níveis dos demais marcadores inflamatórios entre os pacientes com AT e controles. Os valores de SUVmáx foram maiores nos pacientes com AT que nos controles para o PET-CT, com forte tendência a maiores valores nos pacientes ativos em relação aos inativos. Houve tendência à associação da atividade clínica e SUVmáx ≥ 1,3. Os níveis de TNF-α foram maiores nos pacientes com SUVmáx ≥ 1,3 em relação aos controles e aos pacientes com SUVmáx < 1,3. Os níveis de IL-6 foram maiores nos pacientes com SUVmáx ≥ 1,3 que nos controles, com tendência a maiores níveis naqueles que nos pacientes com SUVmáx < 1,3. Não houve diferença dos níveis das demais citocinas, MMP-9, VHS ou PCR entre os pacientes com SUVmáx ≥ 1,3 ou <1,3. Conclusões: A concentração do FDG-F18 está aumentada na parede das artérias dos pacientes com AT e tende a ser mais intensa com atividade clínica da doença. O aumento de IL-6, TNF-α e MMP-3 foi associado ao diagnóstico de AT, mas apenas a IL-6 pode ser associada à atividade clínica da doença. Valores de SUV máx ≥ 1,3 apresentaram tendência à associação com a atividade clínica e com aumento de IL-6 e associação significativa com maiores níveis de TNF-. Sumarizando, as citocinas mais relevantes para avaliação da atividade da doença foram IL-6 e TNF- α e a intensidade de concentração do FDG-F18 no PET-CT pode vir a ser um instrumento útil no manejo dos pacientes com AT, mas deverá ser analisado com cautela, em conjunto com demais dados clínicos e laboratoriais.