Simulação de Monte Carlo para estimativa de terapia ótima em pacientes com infecção do trato urinário causada por Escherichia coli

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cuba, Gabriel Trova [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2365223
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48493
Resumo: Introdução: A elevação da resistência antimicrobiana dos uropatógenos frente aos antibióticos de primeira linha afetou o manejo das infecções de trato urinário graves de forma empírica. Objetivo: determinar a probabilidade que diferentes regimes antimicrobianos atingem exposições farmacodinamicamente bactericidas utilizando uma Simulação de Monte Carlo para cinco medicamentos (ciprofloxacino, ceftriaxone, piperacilina/tazobactam, ertapenem e meropenem) habitualmente prescritos como terapia inicial em pacientes internados com infecção do trato urinário grave. Método: Determinação da Concentração Inibitória Mínima por método epsilométrico foi realizada para 205 cepas comunitárias de Escherichia coli de 2008 e 2012 e 74 isolados de E. coli de corrente sanguínea obtidos pelo estudo SCOPE Brasil. Exposição farmacodinâmica foi modelada via Simulação de Monte Carlo com 5000 indivíduos. A fração cumulativa de sucesso foi calculada versus cada população bacteriana. Resultados: todos os isolados eram susceptíveis a ertapenem e meropenem. Piperacilina/tazobactam, ceftriaxone e ciprofloxacino apresentaram 100%, 97,5% e 83,3% de susceptibilidade entre os isolados comunitários e 98,6%, 75,7% e 64,3% entre isolados nosocomiais, respectivamente. Para os isolados comunitários, somente ciprofloxacino não apresentou uma fração cumulativa de sucesso elevada (77,6%) e, no cenário dos isolados nosocomiais, ceftriaxone (76,95%) e ciprofloxacino (56,7%) não atingiram uma fração cumulativa de sucesso ótima. Conclusão: baseado neste modelo, doses habituais de beta-lactâmicos atingiram exposições farmacodinâmicas otimizadas para pacientes comunitários. Ceftriaxone não deve ser prescrito em paciente com histórico de hospitalização recente, proximidade com assistência à saúde ou bacteremia hospitalar precoce por E. coli. Prescrição empírica de ciprofloxacino deve ser desencorajada mesmo em infecções urinárias graves comunitárias.