Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Rafaela Moura de [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67545
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Resumo: |
O adoecer, acompanhado de hospitalização e realização de procedimentos cirúrgicos, é circunstância mobilizadora de ansiedades, medos e angústias na criança e em seu grupo familiar. Considerando a hipótese de que o processo cirúrgico tem impacto em paciente e família e é experienciado em dimensões singulares e também compartilhadas, a presente pesquisa tem por objetivo descrever a vivência emocional de crianças e suas famílias em processo de intervenção cirúrgica durante a hospitalização, a fim de compreender e relacionar a vivência emocional das crianças à vivência emocional das famílias, relacionar ainda aspectos da vivência emocional com o procedimento cirúrgico; descrever fatores sociodemográficos e discutir quanto a comunicação e interdisciplinaridade no cuidado emocional em contexto de cirurgia pediátrica. Este é um estudo transversal quantitativo e qualitativo com 20 crianças entre 6 e 10 anos e 11 meses, submetidas a procedimento cirúrgico e suas famílias durante a hospitalização na Unidade Cirúrgica em Pediatria do Hospital São Paulo. Para coleta de dados foi aplicado o procedimento do ‘Desenho da pessoa na chuva’ junto à criança; uma ‘Entrevista semidirigida’ e ‘Questionário sociodemográfico’ no familiar-acompanhante; e ‘Questionário de histórico de saúde da criança’ com informações coletadas no prontuário eletrônico do paciente. A coleta de dados foi gravada, e analisada pelos pesquisadores, bem como por profissionais independentes. Para análise qualitativa cada grupo de materiais foi examinado de acordo com a sua especificidade, buscando uma aproximação profunda e fidedigna à vivência emocional de crianças e suas famílias. As entrevistas semidirigidas foram interpretadas pelo modelo de Análise de Conteúdo. O “Desenho da pessoa na chuva” foi avaliado seguindo as diretrizes descritas no manual de adaptação e aplicação do instrumento. Foi realizada descrição dos dados quantitativos. Os resultados demonstraram que o processo cirúrgico gera impacto em paciente e família, implica em experiências tanto individuais e subjetivas, como compartilhadas e coletivas. A vivência emocional das crianças se conecta com a das famílias apresentando afetos intensos e ambivalentes. O adoecimento, hospitalização e processo cirúrgico são vivenciado como um atravessamento na linha de vida dos pacientes e famílias, numa experiência que é complexa, multidimensional e multifacetada. Conclui-se que os vínculos afetivos e expressão criativa são fatores protetivos às crianças e suas famílias no desenvolvimento saudável e enfrentamento das adversidades. A criança em processo cirúrgico e sua família necessitam de acompanhamento interdisciplinar, comunicação clara, oportuna e humana favorecendo o cuidado emocional, promovendo saúde e assistência integral. |