Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Robson Rodrigues da [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70824
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Resumo: |
Este trabalho propõe um estudo histórico de periódicos da imprensa negra buscando o potencial pedagógico dessas publicações, pensando especificamente no Ensino de História no 9º ano do Ensino Fundamental II. Os periódicos escolhidos são O Menelik, publicado pela primeira vez em 1915, e a revista O Menelick 2º Ato, cujo primeiro número foi publicado em 2010. Em relação ao jornal O Menelik encontramos dois exemplares, números 13 e 14, os quais até o momento de construção dessa pesquisa, não haviam sido abordados em outros trabalhos consultados. Seguindo as ideias de Moura (2019) entendemos a imprensa negra como um grupo específico de resistência que existiu e resistiu a diferentes conjunturas ao longo do século XX e permanece no século XXI. O contexto de surgimento da imprensa negra, dos estudos que a envolvem, bem como seus significados são abordados de acordo com autores como Domingues (2007, 2008a, 2008b), Jacino (2008), Malatian (2018), Ferrara (1986), Bastide (1973). A metodologia de análise das fontes/objetos de pesquisa seguirá os aportes de Luca (2015), Cruz e Peixoto (2007) e Bittencourt (2008). Do ponto de vista do lugar do ensino de História, consideramos a escola como uma instituição no interior de uma estrutura social racista, e buscamos apontar as lutas do Movimento Negro ao longo do século XX e início do XXI que culminaram na aprovação da Lei 10.639/03, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), instituindo no currículo a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira. Analisamos também as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, do ponto de vista de sua construção e dos desafios para sua implementação. As análises propostas neste trabalho entendem que a construção de narrativas históricas, ancoradas no protagonismo negro, fazem parte das disputas de poder envolvidas na escrita da História. Tais reflexões apoiam-se na perspectiva de Trouillot (2016). Nossas análises pautadas nos objetivos e conceitos explicitados, encontraram nos jornais e revistas estudados inúmeros temas pertinentes para a produção de narrativas históricas que valorizem a participação da população negra na história do Brasil. Neste sentido apontamos algumas possibilidades de sequências didáticas baseadas na pesquisa das fontes, além de propostas para a formação de professores de História em uma perspectiva de ensino antirracista. As propostas que fizemos envolvem também relatos de experiências realizadas durante a construção da pesquisa. |