Estudo comparativo experimental do pré-tratamento com N-aceticisteína ou melatonina na lesão pulmonar induzida por isquemia-reperfusão intestinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Leite, Alberto Andrade [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9443227
https://hdl.handle.net/11600/62471
Resumo: Introdução: A isquemia intestinal permanece um problema crítico, resultando em uma mortalidade de até 80%. A isquemia mesentérica intestinal aguda é uma emergência clínica/cirúrgica que, se não revertida, pode causar a morte do paciente devido a obstrução temporária, parcial ou completa de uma artéria ou veia mesentérica, superior ou inferior, que leva a uma redução ou interrupção do fluxo sanguíneo, levando a complicações em todo o sistema. Tais complicações são geradas, no intestino durante o estímulo de estresse, por espécies reativas de oxigênio, citocinas, interleucinas, entre outras, disseminadas sistemicamente e gerando a lesão pulmonar aguda e progredindo para a síndrome do desconforto respiratório agudo. A necessidade de restabelecer o fluxo sanguíneo (reperfusão) é essencial para evitar maiores danos aos tecidos. Objetivo: Avaliar os efeitos do pré-tratamento com N-acetilcisteína ou melatonina no pulmão de ratos submetidos a isquemia-reperfusão da artéria mesentérica superior. Material e Métodos: Utilizamos 28 animais divididos em 4 grupos (n=7/grupo), sob analgesia e anestesia, que receberam infusão de medicamento conforme o grupo sorteado e submetidos ao procedimento cirúrgico de laparotomia mediana seguido de isquemia-reperfusão intestinal, exceto no grupo Sham, sendo: I: Sham; II (SS+iIR): pré-tratados com solução salina e submetidos a isquemia-reperfusão intestinal; III (NAC+iIR): pré-tratados com N-acetilcisteína e submetidos a isquemia-reperfusão intestinal; IV (MEL+iIR): pré-tratados com melatonina e submetidos a isquemia-reperfusão intestinal. Em todos os procedimentos, a isquemia foi realizada por 60 minutos e a reperfusão por 120 minutos. Ao final do experimento os animais foram eutanasiados e realizamos uma toracotomia para a retirada dos pulmões para as análises histológicas e bioquímicas. Resultados: O grupo II (SS+iIR) apresentou aumento nos parâmetros avaliados, exceto na relação pressão parcial de oxigênio/fração inspirada de oxigênio e na superóxido dismutase, que apresentou uma redução, quando comparados com os grupos pré-tratados com melatonina ou N-acetilcisteína (p<0.05). Os animais pré-tratados com a melatonina apresentaram uma maior redução na mieloperoxidase, malondialdeído e no mediador pró-inflamatório, fator de necrose tumoral-alfa, um aumento na superóxido dismutase e na relação pressão parcial de oxigênio/fração inspirada de oxigênio quando comparados com os animais pré-tratados com N-acetilcisteína. Conclusão: Ambos os agentes melhoraram os padrões analisados. A melatonina poderia ser considerada para ensaios clínicos futuros pela melhora apresentada perante a N-acetilcisteína.