Uso de levetiracetam na profilaxia de crises epilépticas em pacientes submetidos a transplante de medula óssea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Aragão, Marcelo de Melo [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71177
Resumo: Objetivo: avaliar a eficácia do levetiracetam oral como profilático de crises epilépticas em crianças e adolescentes submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas que receberam bussulfano no regime de condicionamento, e comparar a frequência de reações adversas graves, interação farmacocinética com o bussulfano, tempo de uso e custo do fármaco anticrise em relação à fenitoína. Método: este ensaio clínico aberto com controle histórico foi desenvolvido na Enfermaria de Transplante de Medula Óssea do IOP/GRAACC. Foram incluídos crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos que utilizaram bussulfano no condicionamento para o transplante. Os pacientes que utilizaram levetiracetam foram avaliados prospectivamente no período entre abril de 2019 e julho de 2022. Como grupo de controle histórico foram incluídos os últimos pacientes que utilizaram fenitoína oral entre 2017 e o início deste estudo. Resultados: nenhum paciente em ambos os grupos apresentou crise epiléptica ou reações adversas graves que levaram à modificação do fármaco anticrise. A duração da profilaxia e o custo da mesma foi menor nos pacientes que utilizaram levetiracetam. Houve diferença entre os grupos na farmacocinética do bussulfano nas doses de 3,2 mg/kg e 3,8 mg/kg, cuja área sob a curva da concentração ao longo do tempo foi maior no grupo que utilizou levetiracetam. Conclusões: o levetiracetam oral é eficaz e seguro na profilaxia de crises epilépticas induzidas pelo bussulfano. Seu uso está associado e menor custo e duração da terapia, e, provavelmente, menor interação com o bussulfano.