Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lima, Ricardo Ferreira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/70945
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Resumo: |
Atualmente, Candida tropicalis é a primeira ou a segunda espécie de Candida-não-albicans mais prevalente em episódios de fungemia documentados em centros médicos na América Latina. Apesar desta espécie ser sensível a todos os antifúngicos de uso sistêmico, recentemente, tem sido relatado aumento na ocorrência de isolados de C. tropicalis resistentes ao fluconazol, sendo os mecanismos moleculares associados a este fenômeno ainda pouco conhecidos, sobretudo àqueles relacionados às respostas acionadas durante a exposição ao fluconazol ou geldanamicina – inibidor da atividade de Hsp90. A partir de isolados de C. tropicalis resistentes ao fluconazol de centros médicos do Brasil e Colômbia, buscamos identificar os mecanismos clássicos relacionados ao perfil de resistência ao fluconazol, através do sequenciamento do gene ERG11 e da quantificação da expressão (qPCR) dos genes CDR1, MDR1, UPC2 e ERG11 em C. tropicalis submetida a quatro condições; (i) sem tratamento, (ii) exposição ao fluconazol, (iii) exposição à geldanamicina, e, (iv) duplo tratamento (exposição ao fluconazol e geldanamicina) quando comparados à cepa selvagem C. tropicalis ATCC 750 e aos respectivos controles sem tratamento, também realizamos a análise comparativa do transcriptoma de uma linhagem sensível e resistente de C. tropicalis submetidas aos CIMs subinibitórios do fluconazol e geldanamicina. Os nossos resultados mostraram que as amostras de C. tropicalis resistentes ao fluconazol apresentaram mutações pontuais no gene ERG11 e aumento de expressão dos genes CDR1, MDR1, UPC2 e ERG11, ao passo que, a adição dos inibidores causou modulações positivas ou negativas nesse grupo de genes. Verificamos que o tratamento com fluconazol provocou diminuição da expressão dos genes do processamento ribossomal e sistema de reparo de DNA nas duas linhagens de C. tropicalis, enquanto, durante a exposição ao fluconazol observamos um maior aumento de expressão na linhagem resistente para os processos de síntese de ATP, processamento e captação de ferro e atividade peroxissomal, ao passo que, a inibição de Hsp90 mostrou diferenças relacionadas à biossíntese de aminoácidos e metabolismo secundário. Concluímos que além de ter variações na expressão de mecanismos de resistência, a presença de antimicrobianos por si só já provocam respostas relevantes para a sobrevivência entre as linhagens de C. tropicalis. |