Esferocitose hereditária da clínica à biologia molecular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Ferreira, Jovino dos Santos [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/15664
Resumo: Este estudo objetivou uma avaliacao retrospectiva dos aspectos clinicos, diagnosticos e terapeuticos de 29 pacientes portadores de EH, matriculados no Hospital Universitario (UFSC), acompanhados durante o periodo de 1980 a 1995, alem de caracterizar os defeitos moleculares da membrana eritrocitaria, atraves de quantificacoes densitometricas, e identificando as alteracoes no gene da anquirina com proposito de elucidar o mecanismo molecular que envolve a EH. Na populacao estudada a EH incidiu exclusivamente na raca branca, com sindrome hemolitica, apresentando esferocitos no sangue periferico e teste da fragilidade osmotica positivo. A esplenectomia foi necessaria na maioria dos casos. A quantificacao das proteinas da membrana demonstrou ser a defiCiência combinada de espectrina-anquirina o defeito bioquimico mais frequentemente identificado. Defeitos de anquirina estao associados a defiCiência combinada de espectrina-anquirina. Sendo assim, estudamos o gene da anquirina das oito familias (21 membros) e dos oito individuos nao relacionados. Mutacoes da anquirina foram descobertas em cinco pacientes: uma mutacao missense no exon 28, I1075 T, foi identificada em um paciente, e uma mutacao com desvio de leitura no exon 15, (delecao de A no codon 535), levando ao termino prematuro da cadeia da anquirina, em outro. Tres individuos nao relacionados, de diferentes origens etnicas, apresentaram mutacao com desvio de leitura no exon 14, (insercao de C no codon 506), levando ao termino prematuro da cadeia. Todos estes tres pacientes apresentaram EH severa, requerendo esplenectomia. Analises de um polimorfismo intragenico da anquirina (repeticao AC na regiao 3½ nao codificada), revelou que estes tres pacientes nao compartilhavam de um alelo comum da anquirina, sugerindo fortemente que estas mutacoes originam-se independentemente. Esta mutacao foi denominada anquirina Florianopolis e e a primeira descricao de uma mutacao recorrente no gene da anquirina