Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Squarcini, Camila Fabiana Rossi [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21567
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Resumo: |
O ciclo claro-escuro é o principal estímulo temporal ambiental que sincroniza o ritmo biológico endógeno ao dia externo de 24 horas. Nos indivíduos cegos, o sistema temporizador endógeno irá expressar seu ritmo intrínseco (ritmo em livre-curso), que é geralmente diferente de 24 horas. Sabendo-se que a força muscular é uma das variáveis biológicas controladas pelo relógio biológico, questionou-se: é possível que em indivíduos cegos esta variável expresse seu ritmo em livre-curso? Assim, o objetivo do estudo foi determinar os padrões dos ritmos circadianos da temperatura corporal, da força de contrações isométrica e isocinética e, secundariamente, o padrão do sono em atletas cegos. Participaram da pesquisa 6 atletas cegos (4 homens e 2 mulheres) e 4 voluntários videntes (2 homens e 2 mulheres). Os voluntários compareceram ao laboratório em três ocasiões, separadas por uma ou duas semanas entre si, para coleta de temperatura da artéria temporal a cada hora, durante um período de 24h. A força de contração isométrica (dos músculos envolvidos na preensão manual e na extensão das costas) e de contração isocinética concêntrica do joelho foi coletada em outras três ocasiões separadas por uma ou duas semanas entre si. Os horários de coleta foram: 02:00h, 06:00h, 10:00h, 14:00h, 18:00h e 22:00h, com espaçamento entre si de no mínimo 8 horas. O exame polissonográfico foi realizado na noite que precedeu a coleta de temperatura corporal e os registros actigráficos foram realizados nos cinco dias posteriores à coleta da temperatura Os dados da temperatura corporal e da força foram submetidos à análise cosinor e regressão linear. As variáveis polissonográficas e actigráficas foram submetidas à análise descritiva. Os resultados mostraram que os voluntários videntes apresentaram ritmo circadiano da temperatura corporal e força de contração isométrica com acrofases ocorrendo entre 16:00h e 19:00h, enquanto que 3 dos 6 atletas cegos apresentaram períodos endógenos superiores a 24 horas (ritmos em livre-curso) tanto para temperatura corporal quanto para força de contração isométrica. Os demais voluntários cegos representam possíveis casos de sincronização, uma vez que apresentaram períodos circadianos de 24 horas em ao menos em uma das variáveis estudadas (temperatura corporal ou força de contração isométrica). Para a força de contração isocinética concêntrica de extensão e flexão dos joelhos, nas velocidades 60°/seg e 90°/seg de ambos os grupos, na maioria das ocasiões (95,5%), não se observaram flutuações circadianas. O padrão do sono dos atletas cegos e voluntários videntes foi semelhante entre si apesar dos atletas cegos apresentarem o início do sono, em média, ocorrendo mais tarde e uma discreta redução na eficiência do sono. Conclui-se que uma parcela dos atletas cegos apresentou ritmos circadianos da temperatura corporal e da força de contração isométrica em livre-curso, que a expressão rítmica da força de contração isocinética concêntrica máxima em velocidades baixas não foi consistentemente e que, comparados aos videntes, os atletas cegos apresentaram uma discreta redução na eficiência do sono e tenderam a dormir mais tarde |