Estudo da poluição atmosférica no estado de São Paulo associada ao material particulado a partir de satélite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Araujo, Julia Manfredini de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/55936
Resumo: A poluição atmosférica gerada pelas atividades antrópicas, além da influência no clima, tem efeitos diretos importantes na saúde pública por meio da degradação da qualidade do ar. O Material Particulado (MP) é reconhecidamente o poluente com maior impacto na saúde humana. No estado de São Paulo, foco do presente estudo, as principais fontes de poluição atmosférica são as emissões veiculares, as industriais e a queima de biomassa. O transporte de poluição vindo de áreas remotas é outra fonte importante de MP. Apesar de apresentar a maior cobertura espacial nacional em termos de monitoramento da qualidade do ar, São Paulo ainda possui a maioria dos seus municípios sem qualquer monitoramento. Sendo assim, alternativas de monitoramento que mitiguem a limitada cobertura do monitoramento convencional são necessárias. A aplicação de satélites no monitoramento da qualidade do ar traz a possibilidade de atender uma ampla cobertura geográfica. Entretanto, por ser um método novo e indireto de avaliar a qualidade do ar, avaliações e adequações regionais dos seus produtos são necessárias. Nesse contexto, o presente estudo utiliza 11 anos de dados (2007 a 2017) da profundidade óptica do aerossol (AOD), um indicador da quantidade de MP na atmosfera, derivada das medidas de sensores MODIS a bordo dos satélites Terra e Aqua, com o objetivo de analisar a evolução temporal e espacial da poluição atmosférica associada ao MP no estado de São Paulo na última década. Os resultados revelaram que os anos mais poluídos estão relacionados principalmente com maior transporte de fumaça da região da Amazônia para São Paulo. Quando a influência desse transporte é removida das medidas, as regiões mais poluídas no estado compreendem as áreas metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista e as porções central e norte estado dominadas pelas plantações de cana-de-açúcar. No caso das áreas de queimadas no interior do estado, não se verificou tendência sistemática de redução nos níveis de AOD nos 11 anos. Pelo contrário, nas áreas a oeste e noroeste do estado, onde ocorreu expansão do cultivo de cana nos últimos anos, observou-se tendência significativa de aumento da poluição.