Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Patrícia Barbosa [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67090
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Resumo: |
A presente dissertação tem por objetivo refletir sobre o papel da escola no processo da evasão escolar, e se é devido também ao racismo e à discriminação racial de jovens evadidos em idade escolar. Para tanto, procede a uma revisão bibliográfica-documental sobre o tema à luz da Teoria Crítica da Sociedade, com aporte teórico de obras de Theodor W. Adorno e com base em entrevistas de educadores, bem como mediante a consulta de atas escolares; atas de reuniões de educadores; as atas de resultados finais e também as autodeclarações da cor da pele dos alunos evadidos nos anos letivos de 2016 a 2019. As entrevistas foram em formato semiestruturadas, realizadas com professores, coordenadores pedagógicos e diretores das duas escolas públicas de ensino fundamental II. As entrevistas possuem roteiro com perguntas abertas, devidamente gravadas por áudio de voz e algumas também por meio de videoconferência através da ferramenta GOOGLE MEET no GMAIL e em seguida transcritas e analisadas por meio de protocolo segmentado em categorias de análise. O escopo da pesquisa abrange duas escolas públicas de Ensino Fundamental II, inseridas em territórios socioeconomicamente distintos: uma próxima ao centro de São Paulo e outra situada na Zona Leste de São Paulo, cujos alunos evadiram. Para a escola “C” um dos motivos para a evasão é a “baixa frequência”, porém observa-se que há um índice alto indicando que “não constam providências” da escola em relação ao processo da evasão escolar do aluno. Já a escola “M” indica um alto índice de evasão escolar no ano letivo de 2017, e que na maioria dos casos da evasão escolar não constam os motivos para a evasão; também observamos que na maioria dos casos “não constam providências” por parte da escola em relação ao combate e prevenção da evasão escolar. As autodeclarações da cor da pele da escola “C” apontaram para uma proporção maior entre alunos pardo-pretos que evadiram no ano letivo de 2016 somando um total de 06 alunos pardos e apenas 01 branco. A escola “M” não forneceu as autodeclarações. A análise das entrevistas aponta que alguns professores, coordenadores e diretores acreditam que exista o racismo e discriminação racial mesmo que implicitamente no ambiente escolar, outros acreditam que ele exista apenas entre os alunos. Alguns acreditam que não há racismo na escola, e identificam apenas como “uma brincadeira”. Apenas o diretor da escola “C” concorda que a escola corrobora para o processo da evasão escolar. Compreendemos que a evasão escolar é um processo que atravessa vários viés do ambiente escolar e que os alunos podem estar expostos ao racismo e preconceito racial neste ambiente, mas que ainda há dificuldades por parte da instituição escolar em reconhecer, manejar e combater essas formas de violência que por vezes são normalizadas e silenciadas. De acordo com os dados levantados em nossa pesquisa o racismo parece ter levado uma parte dos alunos a evadirem do ambiente escolar, mas novos estudos são necessários para continuar e testar essa hipótese. |