Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Fleury, Ana Carolina [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71428
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Resumo: |
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição pulmonar heterogênea, caracterizada por sintomas respiratórios crônicos e limitação ao fluxo de ar. Multimorbidade, pode estar associada a pacientes com DPOC, o que faz com que tomem várias medicações diárias diferentes. Até onde sabemos, não há descrições de polifarmácia em pacientes com DPOC. Diante disso nosso objetivo foi estabelecer a prevalência da multimorbidades em pacientes com DPOC de um ambulatório especializado, avaliar a sua polifarmácia e relacionar as multimorbidades e a polifarmácia com idade, sexo, gravidade da DPOC, status tabagístico, carga tabagística e índice de massa corpórea. MÉTODOS: Foram analisados dados de 181 pacientes com DPOC que participaram de ensaios clínicos em nosso Centro de Pesquisa entre 2009 e 2019. Foram avaliados o número de morbidades, medicamentos e doses diárias necessárias para o seu tratamento. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (58,6%), com média de idade de 65 anos (± 8,5), 89,5% eram ex-fumantes e 10,5% eram fumantes ativos com alta carga tabágica (54,8 ± 30,0 maços-ano). Os pacientes apresentaram medianas de cinco multimorbidades, sete medicamentos de uso diário e nove doses diárias de medicamentos. Setenta e três doenças foram relatadas. As comorbidades mais prevalentes foram DPOC (100% pelos critérios de inclusão), hipertensão arterial (66%), dislipidemia (32%), rinite (26%), DRGE (25%), diabetes (22%), osteoporose (19%), hiperplasia prostática benigna (16%) e asma (15%). Não houve correlação significativa entre multimorbidades e idade, maços-ano e VEF1 (%); encontrou-se correlação moderada e significativa entre multimorbidades e número de medicamentos (r = 0,63, p<0,001). Em relação à polifarmácia, indivíduos fumantes por 20 anos/maço ou mais estão 9 vezes mais propensos a usar mais medicamentos, e a cada morbidade adicional aumenta, 4,02 vezes de uso de polifarmácia. As medicações inalatórias mais prevalentes foram LABA+CI (92,2%), SABA (73,4%), LAMA (61,8%) e terapia tríplice (LABA, LAMA e CI) (60,7%). Outros 114 medicamentos foram citados. A maioria dos medicamentos foi distribuída em quatro sistemas: cardiovascular (24,5%), psiquiátrico (20,1%), aparelho digestivo (11,4%) e aparelho respiratório (8,7%). CONCLUSÕES: A multimorbidade é comum em pacientes com DPOC, independentemente da idade, sexo, IMC, tabagismo e tabagismo. A associação mais frequente em nosso estudo foi com hipertensão arterial (66%). Os pacientes com DPOC tomam um número bastante alto de medicamentos diários. |