Bloqueio de luz azul na qualidade do sono e sonolência diurna em pacientes com infarto agudo do miocárdio: ensaio clínico randômico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Böhme, Fernanda Aparecida Ferraro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Luz
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/62030
Resumo: Objetivo: Verificar a percepção da qualidade do sono e sonolência diurna de pacientes internados em unidade de terapia intensiva após evento primário de infarto agudo do miocárdio, submetidos ou não ao bloqueio da luz azul durante o período noturno; refletir sobre os principais instrumentos disponíveis para avaliação subjetiva do sono e aplicabilidade na prática clínica em pacientes hospitalizados. Métodos: Ensaio clínico randômico, controlado, paralelo e aberto com indivíduos internados em unidade de terapia intensiva cardiológica após primeiro evento de infarto agudo do miocárdio; e estudo de reflexão sobre a aplicabilidade para indivíduos hospitalizados de instrumentos utilizados no Brasil na avaliação subjetiva do sono. Os pacientes do ensaio clínico foram aleatoriamente alocados em dois grupos de estudo, Grupo experimental (uso de óculos que bloqueia a luz azul no período noturno) e Grupo controle (submetidos às condições luminosas habituais da unidade). Foram avaliadas variáveis de caracterização da amostra, qualidade subjetiva do sono (“Questionário de qualidade do sono em UTI cardiológica”) e escala de sonolência de Stanford. Foram utilizados testes Exato de Fisher e Mann-Whitney, com nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 18 indivíduos, sendo 10 (56,6%) no Grupo Experimental e 8 (44,4%) no Grupo Controle. Os pacientes do Grupo Controle relataram mais interrupções do sono (7;87,5%) e mais sonolência diurna (7;70,0%) em comparação ao Grupo Experimental (3;37,5% e 2;25,0%, respectivamente), sendo que o uso dos óculos pareceu ser um fator de proteção contra interrupções (RR:0,36(95% IC:0,1-0,9); p=0,119). A qualidade subjetiva do sono foi classificada como boa ou regular, independente do grupo de estudo. Conclusão: o uso dos óculos com bloqueio de luz azul não influenciou a qualidade do sono e sonolência diurna em pacientes com o primeiro evento de infarto agudo do miocárdio internados em uma unidade de terapia intensiva cardiológica, no entanto utilizar os óculos pareceu ser um fator de proteção para as interrupções do sono no período noturno. Verifica-se escassez de alternativas de instrumentos de avaliação subjetiva do sono que contemplem todos os fatores intervenientes no sono do indivíduo hospitalizado, além da qualidade do sono no domicílio, que poderá impactar diretamente na qualidade do sono no hospital.