Funcionalidade e incapacidade de adultos com perda dentária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Guarche, Talytah Thais Costa [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62556
Resumo: A qualidade de vida no contexto da saúde bucal leva em consideração variáveis que ultrapassam a função biológica que a boca e o sistema estomatognático possuem, considerando, além da mastigação os componentes sociais que envolvem o indivíduo em seu ato de falar, sorrir e se comunicar, são os determinantes sócio dentais. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) consegue oferecer uma linguagem padrão e uma estrutura para a descrição da saúde e seus estados relacionados, envolve além da saúde os fatores contextuais, ambientais e pessoais, classificando a funcionalidade e incapacidade de um indivíduo de uma forma dinâmica Objetivo: Identificar a funcionalidade de adultos com perda dentária no serviço de pronto-socorro odontológico da Universidade Estadual de Londrina no território de Londrina/PR .Métodos: Este é um estudo transversal. Todos os participantes, responderam um questionário sociodemográfico e de saúde com informações quanto à escolaridade, sexo, renda, ocupação, perdas dentárias e uso de prótese. O indicador subjetivo escolhido para a avaliação do impacto da ausência dentária nas funções e estruturas, limitações de atividade e restrição na participação foi o Oral Health Impact Profile em sua versão reduzida (OHIP-14). Para comparação de amostras independentes foi realizado os testes não paramétricos de Mann-Whitney U., ANOVA de Kruskal Wallis e Qui-Quadrado. Foi considerado um nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 85 pessoas, sendo 57,65% de mulheres. As funções e estruturas que mais impactaram a percepção da qualidade de vida foram dor, funções de temperamento e personalidade e estrutura da boca, respectivamente. A atividade, que os participantes relataram maior limitação foi comer. Apenas 8,2% dos entrevistados não relataram limitação associada a ausência dentária. Lidar com o estresse foi a segunda atividade com maior limitação, 87,06% dos participantes apresentaram percepção negativa nas questões do OHIP-14 relacionadas. Não houve diferença significativa para a percepção da qualidade de vida entre os participantes quanto a renda, estado civil, escolaridade e ocupação. As mulheres apresentaram pior percepção da qualidade de vida, considerando o índice de severidade do OHIP-14 (p=0,03). Não houve diferença significativa da percepção de qualidade de vida quanto a localização da perda dentária, entretanto a percepção de qualidade de vida foi pior entre os participantes que utilizam prótese (severidade p=0,03; extensão p=0,046). Foi observada associação significativa entre uso de prótese e localização da perda dentária, 51,28% dos participantes com alguma perda anterior utilizam prótese. Conclusão: Com base no estudo, pode-se concluir que os indivíduos que frequentam o pronto-socorro odontológico têm a funcionalidade pior autorrelatada quando há a função dor envolvida e as atividades com maiores limitações relacionados a perda dentária foram comer e lidar com o estresse. As mulheres sentem um pior impacto na ausência dentária, assim como as pessoas que utilizam prótese.