A influência dos jogos e brincadeiras tradicionais sobre o estresse em estudantes do 6º e 7º ano da escola pública
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10156531 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/60880 |
Resumo: | Introdução: A adolescência é descrita como uma fase de transição entre a infância e a fase adulta, esta fase é marcada por mudanças contínuas, originadas pela maturação biológica e pela maturação psicossocial. Estudos apontam que a exposição crônica a situações de estresse neste período pode ocasionar, em longo prazo, efeitos nocivos sobre a saúde física e mental. Para o enfrentamento das situações de estresse, o organismo reage e adapta-se, aumentando a resistência do organismo aos agentes estressores e a sua capacidade de ajustar-se às mudanças ambientais. Os jogos e brincadeiras são considerados um dos caminhos para os indivíduos aprenderem a lidar com o mundo que os rodeiam e seus conflitos interiores. Nós hipotetizamos que a participação em jogos e brincadeiras tradicionais aplicados durante os intervalos de aulas pode influenciar na redução os níveis de estresse em estudantes com idade entre 11 e 14 anos do 6º e 7º ano do ensino fundamental da escola pública. Objetivo: Verificar a influência dos jogos e brincadeiras tradicionais como promotores de redução de estresse no contexto de alunos adolescentes de uma escola pública municipal de São Vicente-SP. Métodos: Estudantes recrutados da Escola Municipal de Ensino Fundamental Matteo Bei localizada na cidade de São Vicente/SP, foram distribuídos entre Grupo Controle (GC) e Grupo Jogos e Brincadeiras (GJ). Foram realizadas entrevistas para caracterização da amostra, aplicado o questionário de estresse em adolescentes (QEA) para determinação do nível do estresse percebido e avaliou-se os níveis de cortisol salivar dos estudantes. Em seguida o GJ recebeu seis semanas de intervenções de jogos e brincadeiras tradicionais durante os intervalos de aulas, após este período todos os estudantes responderam o QEA e foram submetidos a avaliação do nível de cortisol salivar. Resultados: Após a adoção dos critérios de exclusão e da eliminação dos outliers, 29 estudantes foram avaliados, 16 no (GJ) e 13 no (GC). Quanto a caracterização da amostra ambos os grupos eram semelhantes no período pré-intervenção. Em relação aos resultados das escalas do Questionário de Estresse em adolescentes (QEA) observamos aumentos nos escores em 5 escalas, são eles, estresse da vida familiar, estresse relacionado à performance escolar, estresse das relações românticas, estresse no conflito escola/lazer, estresse das responsabilidades emergentes da vida adulta e na somatória total no Grupo Controle, já no Grupo de Jogos e Brincadeiras os resultados apontaram aumento nos escores de 3 escalas, estresse das relações românticas, estresse do conflito escola/lazer e estresse nas relações sociais e não obtivemos diferença significativa no somatório total. Consistente com estes resultados, verificou-se uma redução dos níveis de cortisol salivar no Grupo Jogos e Brincadeiras. Conclusão: Nossos resultados sugerem que rotina de jogos e brincadeiras tradicionais inserida nos intervalos de aula pode colaborar no controle do estresse de estudantes adolescentes. |