Efeitos do tratamento com nebivolol ou da denervação renal total sobre parâmetros cardiovasculares, renais e autonômicos na insuficiência renal experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Veiga, Glaucia Raquel Luciano da [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4107858
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48626
Resumo: Diversos mecanismos estão envolvidos na evolução da insuficiência renal crônica (IRC), incluindo a hiperatividade simpática renal, a disfunção autonômica, o estresse oxidativo e a diminuição da biodisponibilidade do óxido nítrico. Dentre estes mecanismos, especial atenção tem sido dada à hiperatividade nervosa simpática e suas consequências na evolução da IRC. Existem hipóteses que relacionam a hiperativação de fibras nervosas aferentes renais, com a modulação positiva da eferência simpática para a periferia, e, portanto, um potente contribuinte para a perda progressiva da função renal. Baseado nestas hipóteses, buscamos avaliar a atividade vasomotora simpática para três territórios distintos do sistema nervoso simpático, lombar esplâncnico e renal na IRC. Objetivamos também avaliar dois tipos diferentes de tratamento nestes animais, farmacológico e cirúrgico (denervação renal total) e verificar seus efeitos sobre a hiperatividade vasomotora simpática e sobre pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC), atividade nervosa simpática renal (ANSr), esplâncnica (ANSe) e lombar (ANSl) bem como o controle autonômico da FC, estresse oxidativo, biovariabilidade de NO.e sobre o processo fibrótico renal na IRC. Para tanto utilizamos um fármaco simpatolítico ?1- adrenérgico de terceira geração com possíveis ações renoproteroras, o Nebivolol (5mg/kg/dia) via gavagem durante 4 semanas,. Após oito semanas da indução da IRC os animais apresentaram aumento da ANSr, ANSe e ANSl, e HA, sem alteração na FC. O desbalanço autonômico cardíaco nos animais IRC foi identificado pelo aumento do poder do espectro de low frequency (LF) e diminuição do poder do espectro do high frequency (HF) para a FC. Os animais IRC apresentaram fibrose glomerular demonstrada pelo aumento na marcação de colágeno VI (COL IV) em glomérulos, túbulos e interstício. O Nebivolol não reduziu a PAM e a ANS para nenhum território avaliado, bem como não alterou a FC e a fibrose renal. Verificamos que o tratamento com Nebivolol normalizou a desautonomia para o coração nos animais IRC, e aumentou a taxa de sobrevida dos animais IRC. Em outro grupo de animais avaliamos os efeitos da denervação renal total sobre a PAM, FC, ANSl e ANSe, creatinina plasmática e proteinúria. Para tanto, realizamos a curirgia de denervação na quinta semana após a cirurgia de nefrectomia 5/6. Com isso, verificamos que a denervação renal promoveu redução efetiva da PAM, sem alteração da FC. Diminuição da ANSe e ANSl, da creatinina plasmática e da proteinúria. Concluímos que os animais com IRC apresentam hiperatividade vasomotora simpática para três territórios importantes na determinação da resistência periférica total o que influencia hipertensão arterial. Nós concluímos que a retirada da inervação aferente renal colaborou para diminuição da eferência simpática, o que contribuiu para a melhora da função renal destes animais.