Estudo das alterações morfofisiológicas no hipocampo de ratos idosos submetidos a um programa de exercício físico aeróbico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rocha, Paulo Ricardo [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/70953
Resumo: Objetivo: Este estudo visa investigar as alterações morfofisiológicas do hipocampo de ratos idosos, envelhecidos naturalmente, divididos em dois grupos: sedentários e submetidos a um programa de exercício físico aeróbico. Métodos: Foram utilizados dez ratos Wistar com 18 meses de idade, cinco controles sedentários e cinco que realizaram treinamento físico em esteira por oito semanas. Após a eutanásia e obtenção das amostras de hipocampo, foram preparadas lâminas para análise histológica. Dez lâminas selecionadas por sorteio foram submetidas a três métodos histoquímicos – azul da Prússia de Perls, impregnação argêntica de Gallyas­Braak e Congo Red, para quantificação, através do método estereológico, da densidade numérica de neurônios piramidais, neurônios granulares, oligodendrócitos e micróglia (pelo fracionador óptico) e do volume de placas senis compostas pelo peptídeo beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares constituídos por proteína tau hiperfosforilada (pelo método de Cavalieri). A análise estatística foi realizada por meio do teste t de Student e da correlação de Pearson. Resultados: A avaliação da diferença entre as médias de número de células e volume de substâncias demonstrou que o grupo exercício apresentou maior número de neurônios piramidais (p = 0,006), neurônios granulares (p =0,003) e oligodendrócitos (p = 0,034) saudáveis em relação ao grupo controle. Ainda, houve diminuição do número de neurônios com a presença de emaranhados neurofibrilares (p = 0,001) e do volume de placas amiloide (p = 0,001), bem como de oligodendrócitos degenerados (p = 0,003) e micróglia fagocitária (p = 0,039). Das correlações, destaca­se a correlação forte e positiva entre os números de neurônios piramidais e granulares normais em ambos os grupos e a correlação forte e positiva entre o número de neurônios granulares afetados por p­tau e micróglia fagocitária no grupo controle. Houve, também, correlação forte e negativa entre o número oligodendrócitos senescentes e volume de emaranhados neurofibrilares no grupo exercício e correlação forte e negativa entre o número oligodendrócitos senescentes e volume de placas senis no grupo controle. Conclusões: Esses achados demonstram o efeito neuroprotetor exercido pela atividade física de intensidade moderada no que diz respeito à degeneração morfofisiológica do hipocampo relacionada ao envelhecimento. A observação integrada dos principais marcadores de neurodegeneração, do acúmulo de ferro e da atividade microglial fornece um panorama geral do comportamento do hipocampo em resposta à intervenção realizada.