Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Castro, Odilon [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22253
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Resumo: |
A construção dessa dissertação divide-se em dois momentos. O primeiro quando estive trabalhando como operário na Fundição Cofap / Tupy por quase quatro anos e relatei esta experiência no “Diário da Fábrica”. E o segundo momento, dez anos após a experiência do trabalho operário, quando eu estava novamente nos portões da fábrica com o meu caderno de campo realizando uma pesquisa etnográfica. Em ambos os diários: um a-disciplinado e outro disciplinado, observei que as indagações suscitadas por mim, mas principalmente pelos meus observados, giravam em torno do corpo e das metáforas corporais, como fiz ressaltar em diversas partes desta dissertação. A ideia do desenvolvimento desta pesquisa foi fazer a ciência social dos operários da Fundição Tupy. Sendo assim, efetuei uma aproximação etnográfica a fábrica, indagando as concepções de corpo dos trabalhadores e verificando as relações de poder nas quais estão inseridos. Constatei a partir da sistematização de discussões desenvolvidas por autores das ciências humanas que houve um grande salto tecnológico no universo fabril, inserindo-se e desenvolvendo-se nas relações de trabalho, de produção do capital, e por que não dizer, na subjetividade do trabalhador. O fordismo e o taylorismo não são únicos e mesclam-se com outros processos produtivos, entre eles o toyotismo. Consignei que a flexibilidade da força do trabalho no Brasil está relacionada com essas novas tecnologias, menos fechadas e mais dispersas, mas que continuam apresentando como alvo, mesmo que de maneiras diferentes, o corpo humano: um campo de domesticação e de rebeldia. A partir das narrativas dos meus interlocutores: trabalhadores e ex. trabalhadores da Fundição Tupy, pude alcançar nessa pesquisa dois tipos de corpos, num só corpo: o corpo quebrado e o corpo que escapa nos encontros diários com o poder. |