Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Kassis, Renata Nassralla [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63778
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Resumo: |
A presente pesquisa tem como objetivo analisar os cursos de Pedagogia ocorridos nas Instituições de Ensino Superior (IES) privadas mercantilizadas, que ocupam a primazia na formação de professoras(es) polivalentes(as) da contemporaneidade. O problema da investigação centra-se em analisar as contradições enfrentadas por professores(as) e alunos(as) no interior dessas IES e verificar em que medida a formação oferecida alinha-se às políticas de internacionalização da educação. A pesquisa, de cunho qualitativo, examina a fala de alunas, professoras(es) e coordenadores do Curso de Pedagogia obtidas em encontros de Grupo Dialogal e Entrevistas semiestruturadas, além da análise do Projeto Pedagógico do curso (PPC). Os dados empíricos são interpretados à luz do referencial teórico de Freire, Martins, Libâneo, Saviani, Pinto, Kuenzer, Sevalho, Contreras entre outros. O estudo demonstra que a formação inicial em Pedagogia nas IES privado-financistas está muito distante das necessidades da escola pública, preparando professoras(es) polivalentes com pouca fundamentação teórica e distanciamento da realidade das salas de aula. Nota-se que a adesão à visão economicista da educação impacta nas orientações curriculares, pedagógicas e de gestão das IES que praticam currículos instrumentais e um modelo acadêmico que desconsidera o perfil de vulnerabilidade social das(os) alunas(os), e as condições precárias de trabalho das(os) professoras(es) formadoras(es). O estudo demonstrou, ainda, que apesar das condições indignas de trabalho, as(os) professoras(es) entrevistadas(os) estabelecem relações humanizadas com as(os) alunas(os), além de realizarem, à revelia da IES, projetos extracurriculares capazes de provocar ampliação da leitura de mundo das(os) licenciandas(os), embora isso não seja suficiente para uma formação de professoras(es) adequada. Infere-se, portanto, a urgência do Estado em comprometer-se com a formação de professores(as) polivalentes a partir da construção de políticas públicas que tornem isso possível ou que, minimamente, possa regular as referidas IES que vêm tratando educação como mercadoria. A construção de uma escola pública socialmente justa passa pela questão da formação de professoras(es), assunto que necessita estar na centralidade das discussões, especialmente em tempos conservadores e ultraneoliberais. |