Ressonância magnética dinâmica de uretra: uma nova técnica no planejamento e seguimento a médio e longo prazo da uretroplastia pós-prostatectomia radical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fiedler, Gustavo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/70922
Resumo: Objetivos: Avaliar o impacto da ressonância magnética dinâmica de uretra (RMU-D) nos resultados pós-operatórios de uretroplastia em pacientes com diagnóstico de estenose de uretra pós-prostatectomia radical, e avaliar a concordância da RMU-D com os resultados transoperatórios desses pacientes. Métodos: Um total de 48 pacientes (idade média: 65,2 ± 8,1 anos) com estenose de anastomose vesicouretral pós-prostatectomia radical submetidos a uretroplastia utilizando RMU-D e uretrocistrografia (UCG) como método de escolha na avaliação da estenose e planejamento cirúrgico para reconstrução uretral foram acompanhados prospectivamente de janeiro de 2018 a junho de 2023. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o método: RMU-D e UCG. Os pacientes do grupo RMU-D realizaram o novo protocolo de imagem por ressonância magnética: enchimento uretral com lidocaína gel e obstrução uretral com torniquete de gaze estéril. Uretrograma por ressonância em T1 axial, coronal space, sagital T2, T2 axial, sagital MIP, com efeito urográfico, sagital miccional MIP, T1 fat-sat antes e após o gadolínio. A aquisição dinâmica durante o esforço miccional com imagens em movimento foi também realizada. Resultados: Não houve diferença entre o grupo RMU-D e UCG em relação à reestenose (5,6% vs. 16,7%, respectivamente, p=0.261). Quando comparados quanto à preservação vascular, o grupo da RMU-D apresentou diferença estatisticamente significante em relação ao grupo UCG (94,4% vs. 63,3%, respectivamente, p=0,016). As medidas de estenose na RMU-D foram concordantes com as medidas transoperatórias. Os valores do coeficiente de correlação intraclasse demonstraram que a força da concordância variou de satisfatória a excelente entre os dois métodos e uma forte correlação entre as medidas na RMU-D com as das transoperatórias, com viés de concordância bem próximo de zero pelo método de Bland-Altman. Conclusões: A RMU-D apresentou maior taxa de preservação vascular e suas medidas de estenose concordaram com os resultados transoperatórios.