Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Dias, Francine Canovas [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65994
|
Resumo: |
Constipação intestinal é um sintoma frequente em pediatria, sendo sua maioria de natureza funcional. Considera-se que sua gênese seja resultante das interações de múltiplos fatores. Entretanto são poucos os estudos pediátricos sobre a relação da constipação intestinal funcional (CIF), hipoidratação, excesso de peso, nível de atividade física e desempenho escolar. Objetivo: 1- Avaliar a prevalência e a relação entre constipação intestinal funcional com a ingestão alimentar, excesso de peso e atividade física de crianças em idade escolar. 2- Avaliar a relação entre hipoidratação com constipação intestinal funcional e atividade física. 3- Avaliar a relação entre desempenho escolar com constipação intestinal funcional e hipoidratação. Métodos: Estudo transversal analítico que incluiu 452 crianças matriculadas em escolas públicas de Osasco (SP), com idade entre seis anos e 12 anos. Para a caracterização de constipação intestinal funcional foi utilizado o critério de Roma III. Para a avaliação do estado de hidratação foi utilizada dosagem da osmolaridade urinária, caracterizando desidratação voluntária quando a osmolaridade foi maior do que 800 mOsm/Kg. O excesso de peso foi avaliado com a aferição do peso, estatura, dobras cutâneas, circunferência do braço e cintura e impedância bioelétrica. Para a avaliação da ingestão alimentar foi utilizado inquérito recordatório de 24 horas respondido pelos pais e/ou responsáveis. O nível de atividade física foi avaliado através de um questionário ilustrado e desenvolvido no Brasil respondido pela própria criança e o desempenho escolar foi analisado de acordo com as notas finais de cada matéria. O resultado da avaliação foi disponibilizado pela Secretaria de Educação de Osasco (SP). Resultados: Foram avaliados 452 alunos com idade entre seis e 12 anos. Constipação intestinal ocorreu em 22,3% dos escolares. Circunferência da cintura (CC) associou-se com constipação intestinal no sexo feminino (p=0,036). Os meninos com constipação apresentaram consumo maior de lipídios (p=0,041). Não se encontrou relação entre constipação intestinal com excesso de peso e atividade física. Hipoidratação foi caracterizada em 63,3% (n= 286) dos escolares. Hipoidratação foi mais frequente nas meninas com constipação intestinal (p=0,041; Odds ratio=1,9). O sexo masculino mostrou ser mais ativo do que o sexo feminino (p=0,047). Deslocamento ativo associou-se negativamente com hipoidratação (p=0,004) e não mostrou associação com constipação intestinal (p=0,179). Desempenho escolar dos escolares do sexo masculino com constipação intestinal, 4ª e 5ª série, foi menor em sete de oito disciplinas. Em relação à hipoidratação, o desempenho escolar não mostrou diferença estatisticamente significante independente da série e do sexo. Conclusão: 1- Constipação intestinal funcional associou-se com maior circunferência da cintura nos escolares do sexo feminino. Meninos com constipação intestinal apresentaram maior consumo de lipídios. Não foi encontrada associação entre constipação intestinal, excesso de peso e atividade física. 2- Hipoidratação associou-se com constipação intestinal no sexo feminino e com menor deslocamento ativo. Não foi observado associação entre constipação intestinal funcional e atividade física. Meninos apresentaram maior nível de atividade física do que as meninas. 3- Maiores informações sobre as relações envolvendo a constipação intestinal funcional e o desempenho escolar se faz necessário, a fim de compreender melhor as interações e para estabelecer metas e estratégias terapêuticas que melhorem a saúde dos pacientes e consequentemente proporcione maior qualidade de vida para estes indivíduos. |