Análise do perfil de consumo de antimicrobianos em um hospital universitário do oeste do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Caldeira, Luciane de Fátima [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21213
Resumo: OBJETIVOS: Analisar a variação do consumo em Dose Diária Definida (DDD) e determinar os gastos reais com o consumo de alguns antimicrobianos no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) no período de 1999 a 2004. MÉTODOS: Analisou-se o consumo de 9 antimicrobianos, sendo os resultados expressos em DDD/100 pacientes-dia, consumidos no HUOP com exceção das unidades pediátricas. Para avaliar os custos financeiros com estes fármacos em todo o hospital, utilizou-se o preço médio de compra fornecido pelo relatório de consumo da farmácia hospitalar. As variações anuais do consumo de cada antimicrobiano estudado e dos gastos financeiros com os mesmos foram estudadas por análise de variância (ANOVA) e por regressão linear. Adotou-se 5% como limiar de significância. RESULTADOS: Os antimicrobianos mais consumidos no HUOP no período deste estudo foram amicacina e ceftriaxona. Analisando-se o consumo geral de todos os antimicrobianos selecionados observou-se um aumento progressivo em DDD/100 pacientes-dia, ano após ano: 9,21 em 1999; 10,37 em 2000; 19,25 em 2001; 20,53 em 2002; 20,84 em 2003 e 25,08 em 2004 (p≤0,0001). Na análise por antimicrobianos verificou-se um aumento gradativo no consumo para vários deles, como a ceftriaxona, a ceftazidima, o ciprofloxacino, a clindamicina e o imipenem (p≤0,05). Entre as unidades analisadas, a UTI apresentou o maior consumo médio anual em DDD/100 pacientes-dia, seguindose as unidades de Quimioterapia e Clínica Médica. Em relação às médias mensais do número de pacientes-dia atendidos, observou-se também aumento significativo no período do estudo, passando de 2671 em 1999 para 3502 em 2004 (p≤0,0001). Na análise do impacto financeiro observou-se um aumento significativo dos gastos totais com os antimicrobianos quando comparado o período inicial com o período final do estudo (médias anuais de R$ 98,89 por 100 pacientes-dia em 1999 x R$ 731,26 por 100 pacientes-dia em 2004, p≤ 0,0001). CONCLUSÕES: Em relação ao consumo dos antimicrobianos estudados observou-se aumento significativo em DDD/100 pacientes-dia durante o período de 1999 a 2004. Também observou-se um aumento de aproximadamente 30% no número de pacientes-dia atendidos no período. O aumento no gasto geral com antimicrobianos, no entanto, superou em muito o que seria esperado pelo aumento do consumo de antibióticos e do volume de atendimento hospitalar observados.