Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lima, Isabela Fernandes Matos [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/64091
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Resumo: |
A existência de uma penalidade às mulheres que se tornam mães é uma realidade em diversos países. A penalidade pela maternidade corresponde aos diferenciais salariais entre mulheres que compartilham características pessoais e profissionais semelhantes, mas que diferem apenas pela presença ou ausência de um filho. Esses diferenciais ocorrem, sobretudo, após o nascimento do primeiro filho, um período no qual as mulheres começam a ficar para trás em termos de condição ou posição ocupacional devido à flexibilidade requerida para lidar com a dupla jornada de responsabilidades. Com base nisso, o objetivo desta dissertação é verificar se as mulheres brasileiras sofrem uma penalidade em termos de condição e posição de ocupação no mercado de trabalho brasileiro após o nascimento do primeiro filho por meio dos microdados da PNAD Contínua (PNADC/IBGE) entre os anos de 2012 e 2019. Para analisar o impacto de ser mãe sobre as probabilidades de desocupação, inatividade e ocupação na informalidade, são adotados modelos logit multinomial e logit binário com efeitos fixos. Os resultados mostram que a probabilidade estimada da inatividade das mulheres mães de um bebê varia entre 1,87 e 2,87 vezes a probabilidade de estar ocupada no setor formal, a depender da amostra e modelagem utilizada. Por fim, para verificar se a penalidade pela maternidade sobre indicadores de condição e posição ocupacional é de curto prazo, é adotada a combinação entre o Propensity Score Matching (PSM) com técnica de reponderação e o método de Diferença em Diferenças (DiD) com ajuste de tratamento escalonado. Os resultados confirmam as evidências de uma penalidade de curto prazo na condição de ocupação das mulheres que tiveram seus primeiros filhos no período entre 2012 e 2019. A proporção de mulheres inativas atinge maiores níveis imediatamente após o nascimento do primeiro filho. No que tange à posição ocupacional, encontra-se uma diminuição grande na proporção de ocupadas no setor formal logo após o evento. Ao contrário do que ocorre com as mulheres que se tornaram mães, o nascimento do primeiro filho não apresenta nenhum efeito sobre a condição ou posição na ocupação dos homens no mercado de trabalho. |