Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Adriana Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70780
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Resumo: |
Este trabalho de pesquisa de mestrado aborda a inclusão educacional e profissional de estudantes com deficiência intelectual na Educação de Jovens e Adultos — EJA. Investiga o que dizem professoras, sua posição sobre a proposta educacional orientadora da EJA na cidade de São Paulo e, mais especificamente, sobre o Projeto Político-Pedagógico — PPP (proposta curricular de um Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos — CIEJA), com o intuito de verificar se e como os objetivos de preparação de estudantes jovens e adultos com deficiência intelectual para o mundo do trabalho — objeto da proposta desta modalidade de ensino no município — são concebidos pelas professoras e, de que maneira, da perspectiva delas, são trabalhados no âmbito pedagógico escolar de um CIEJA. A fundamentação teórica e a análise de dados têm como base a teoria histórico-cultural de Vigotski e colaboradores sobre o desenvolvimento de pessoas com deficiência intelectual e a importância da educação nesse processo, assim como as contribuições de estudos da história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, da Educação especial e inclusiva e, também, sobre a inclusão profissional desses estudantes no Brasil. Trata-se de pesquisa exploratória, conduzida de forma qualitativa e descritiva, incluindo uma abordagem de produções acadêmicas sobre o tema (2008-2022), do currículo da EJA — com sua origem e desenvolvimento — da escola definida como base de trabalho e de um CIEJA paulistano, além de entrevistas semiestruturadas, realizadas com oito professoras desta unidade, escolhida por concentrar o atendimento a esta população. As análises descrevem perspectivas de documentos e das docentes sobre educação inclusiva, deficiência, desenho universal para aprendizagem, educação integral, trabalho escolar de preparação para o mundo do trabalho. Busca-se, de uma perspectiva descritiva, articular entendimentos de professoras, princípios e orientações constantes nos documentos, identificar aproximações e afastamentos e, nesse contexto, responder sobre as contribuições de uma unidade de CIEJA aos desafios já elencados. As considerações finais apontam e retomam descrições do que dizem as educadoras, suas elaborações de conceitos e fatores envolvidos na relação entre os princípios orientadores do projeto e das práticas pedagógicas. Constatam que, do ponto de vista das docentes, para contribuir com a formação para o mundo do trabalho, muitos obstáculos precisam ser superados pela instituição e pela EJA. Evidenciam contradições constitutivas da relação educação-mundo do trabalho para pessoas com deficiência intelectual. Refletem sobre a necessidade de superação de uma concepção de educação de pessoas com deficiência intelectual que se centra na dimensão socializadora do trabalho pedagógico, enfatizando a necessidade de acolhimento afetivo e de leitura de mundo, o que impede um maior investimento em processos de ensino-aprendizagem de conteúdos — como a leitura e escrita, por exemplo — voltados às necessidades jovens e adultas de formação para o mundo do trabalho e do trabalho propriamente dito. A persistência dessa perspectiva contradiz conceitos orientadores e diretrizes do campo da EJA. |