Concepções de indivíduos com transtorno mental sobre a sua sexualidade
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3139614 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48409 |
Resumo: | A construção da sexualidade é complexa e está correlacionada aos aspectos individuais, psíquicos, sociais e culturais do sujeito, carrega historicidade, que envolve práticas, atitudes e simbolizações. A sexualidade tornou-se objeto deste estudo, a partir das concepções de indivíduos com transtorno mental. Acreditamos como hipótese de pesquisa que indivíduos com transtorno mental percebem que existe atitude preconceituosa em relação à expressão de sua sexualidade pelo fato de ser acometido por transtorno mental e interferir de modo negativo em seu sofrimento. Objetivo: Compreender as concepções de indivíduos com transtorno mental sobre sua sexualidade. Método: Pesquisa qualitativa, descritiva-exploratória, que adotou como abordagem metodológica a Análise de Conteúdo. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário semi-estruturado seguindo roteiro constituído por levantamento de dados de identificação e questões norteadoras referentes à sexualidade do indivíduo com transtorno mental. Os dados foram analisados pela técnica de Análise de Conteúdo, permitindo a elaboração de categorias e unidades temáticas. Resultados e Discussão: Foram entrevistados 15 usuários de Centro de Atenção Psicossocial, no município de São Bernardo do Campo/SP.As categorias que emergiram a partir das falas dos depoentes foram: Definição e expressão da sexualidade; O preconceito dos usuários e da sociedade; Local permeia relações manicomiais e cerceia a sexualidade; Necessidade de regras para a expressão da sexualidade; Entrelaçamento transtorno mental, outros problemas e sexualidade. Verificamos que a sexualidade foi compreendida como direito do ser humano em expressar sua orientação sexual, vista como forma de conquista de prazer e ligada à natureza humana. Notamos o preconceito dos usuários em relação à sua sexualidade e a dos outros de acordo com normas sociais estabelecidas. Houve preconceito frente a homossexualidade, ao relacionamento afetivo entre os usuários do CAPS e a sexualidade feminina. O CAPS mantinha barreira em relação à expressão da sexualidade, sendo a punição o meio de controle da sexualidade. Os usuários concordaram quanto ao controle da expressão da sexualidade. O CAPS foi visto como local inapropriado para a expressão da sexualidade, sendo necessária a adoção de regras que velam sua manifestação. Destacamos que problemas psíquicos e a situação financeira puderam interferir na expressão da sexualidade dos usuários. Notamos que em busca da expressão da sexualidade, usuários adotaram comportamento sexual de risco. Considerações: Reforçamos que a sexualidade necessita ser abordada como fenômeno inerente a todo o ser humano. Sugerimos que a temática da sexualidade do usuário seja alvo de discussões planejadas e ininterruptas nas reuniões de Educação Continuada em Enfermagem e na Supervisão Clínica e Institucional. |