Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Claro, Michelle Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72379
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Resumo: |
As discussões a respeito da divisão desigual do cuidado não são recentes, há muito alertam sobre a responsabilidade desigual pelo cuidado que incide principalmente sobre as mulheres. As atividades do cuidado foram socialmente e sistematicamente designadas ao campo do privado, e as vozes oriundas dos principais responsáveis pelo cuidado não são ouvidas adequadamente, gerando consequências políticas. A psicóloga Carol Gilligan, argumenta em “Uma Voz Diferente” (1982), a existência de uma forma de raciocínio moral considerada menos moral por não se adequar aos critérios característicos de uma ética da justiça. Ao evidenciar uma voz do cuidado, Gilligan defende que o cuidado não seja compreendido como naturalmente feminino, mas como o efeito de condições históricas. Partindo das investigações de Gilligan e algumas de suas provocações, buscamos por meio de autoras que propõem modos de articular cuidado e justiça, encontrar vias possíveis para um empreendimento feminista e político sobre o cuidado. Por fim, se tomarmos a definição de cuidado desenvolvida por Joan Tronto (1987), como um trabalho necessário para a manutenção do corpo social, mas que é negligenciado apesar de sua importância, questionamos quais são as razões que levam necessidades entendidas como ordinárias serem negligenciadas pelas teorias morais tradicionais. O cuidado não é uma experiência singular destinada apenas a alguns sujeitos, mas uma experiência vivenciada por todos constantemente, dado uma vulnerabilidade humana genérica, somada a noção de que todos somos interdependentes, destinando e recebendo cuidados independente de nossos laços afetivos |