Entre veias e fios: uma etnografia na hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Corrêa, Pedro Rabello Brasil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/61615
Resumo: A presente dissertação aborda os impactos da hemodiálise sobre a vida e os cuidados com o corpo e a doença renal crônica, enfocando as relações entre os humanos e a máquina. Atualmente, a tecnologia já faz parte do cotidiano biomédico: as máquinas ajudam os médicos na elaboração dos diagnósticos e nos procedimentos terapêuticos. O próprio corpo adquire novas formas, contornos e conteúdos antes pensáveis somente por autores de ficção científica. Com o surgimento dos ciborgues, o tratamento das doenças foi elevado a novos patamares tecnológicos, mais avançados e refinados, porém ainda revestidos de mistérios. A nossa corporeidade continua a ser oriunda dos significados compartilhados pelos membros da sociedade. Entretanto, é inegável que esses significados vêm se alterando cada vez mais conforme o homem engendra sua simbiose com a máquina. Os hospitais são os espaços por excelência desse processo: ali os pacientes estão vinculados ao maquinário que busca assegurar o tratamento e a cura. A partir de um trabalho de observação etnográfica, realizado em uma clínica de hemodiálise de um hospital público na cidade de São Paulo/SP, além de entrevistas com os pacientes e profissionais da mesma, viso compreender as implicações dos recursos tecnológicos na experiência da doença, assim como o modo em que a eficácia do tratamento é pensada e vivida.