Bloqueio da migração de células-tronco neurais por condroitim sulfato via ativação de ROCK

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Galindo, Layla Testa [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2359308
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48250
Resumo: A neurogênese é um evento importante no sistema nervoso central em desenvolvimento e no adulto, e é caracterizada pela geração de novos neurônios a partir de células-tronco neurais (CTN) localizadas pricipalmente na zona subventricular e no hipocampo. Uma lesão altera o padrão normal da neurogênese e sinais quimioatrativos estimulam a migração de neuroblastos dos nichos neurogênicos para o local lesado, onde há a formação da cicatriz glial e produção de moléculas inibitórias do crescimento axonal, entre elas, proteoglicanos de condroitim sulfato. A sinalização desencadeada por fatores solúveis e por componentes da matriz ativa membros da família das RhoGTPases, que desempenham funções essenciais no processo de migração celular. Nossa hipótese é que componentes da matriz regulam diferentemente a migração de neuroblastos por alterações na dinâmica de adesão celular e na atividade de RhoGTPases. Utilizando modelo de lesão traumática no córtex motor do camundongo adulto observamos que os neuroblastos que migraram para o local lesado não foram capazes de penetrar na região, rica em proteoglicanos de condroitim sulfato. Em seguida, avaliamos a migração in vitro utilizando CTN cultivadas como neuroesferas. Observamos que o condroitim sulfato (CS) exerceu uma ação inibitória sobre a migração das CTN, diminuindo a velocidade inicial de migração e alterando a dinâmica de protrusão. Além disso, CS promoveu aumento no tamanho das adesões formadas durante a protrusão e dificultando o espraiamento das CTN. Porém, a inibição de ROCK estimulou a migração das CTN tanto em superfícies recobertas por laminina quanto por CS e reverteu alguns de seus efeitos inibitórios, como a retomada da capacidade de espraiamento celular, e a diminuição do tamanho das adesões. Finalmente, a inibição do receptor de Nogo (NgR1), reverteu o efeito inibitório de CS sobre a migração das CTN in vitro. Concluímos, assim, que a inibição da migração de CTN provocada por CS se dá pela ativação de ROCK via ativação de NgR1.