Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Juliana Pinto Moreira dos [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69748
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo examinar os efeitos longitudinais de fatores psicossociais e demográficos do período prénatal e da primeira infância sobre o uso de substâncias na adolescência. Para isso, compreende uma revisão sistemática e uma metanálise a partir de artigos científicos publicados entre janeiro de 1988 e setembro de 2022, levantados das bases de dados bibliográficas PubMed, Embase e Scopus. Foram selecionados estudos observacionais que examinaram fatores psicossociais e/ou demográficos durante o período prénatal ou a primeira infância (0–8 anos) e a associação destes com o uso de substâncias na adolescência (11–19 anos). Foram extraídos de cada estudo dados referentes a características da população, exposições analisadas (sexo, raça, etnia, status socioeconômico, histórico de maustratos, risco contextual cumulativo etc.), desfechos, resultados e limitações. Tais estudos tiveram sua qualidade avaliada por meio da escala de Newcastle Ottawa para avaliação de estudos observacionais. As análises estatísticas consideraram como o desfecho agregado (uso de substâncias ao longo da vida) e individual (tipo de substância e padrão de uso). Todas essas análises foram realizadas por meio do software R (versão 4.1.0). 47 estudos foram incluídos na revisão sistemática e 32, utilizados para a metanálise. O sexo masculino aparece associado à maior probabilidade de uso de substâncias em geral (OR=1.25; 95%CI:1.031.53) e ao início de substâncias (OR=1.35; 95%CI: 1.141.60). A raça negra é associada à menor probabilidade de uso de substâncias em geral (OR=0.57; 95%CI: 0.350.91), enquanto a raça branca, à maior probabilidade de uso de álcool (OR=2.06; 95%CI: 1.044.08). Por fim, níveis socioeconômicos mais altos são associados à menor probabilidade de uso de nicotina (OR=0.65; 95% CI: 0.470.89). É possível concluir que sexo masculino, raça branca e baixo nível socioeconômico estão associados à maior probabilidade de uso de substâncias na adolescência. A consideração desses preditores pode guiar políticas públicas para prevenção e tratamento dessa condição. |