Influência da obesidade sobre a prevalência de osteoporose e fraturas por baixo impacto em mulheres: análise de dois estudos epidemiológicos brasileiros
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2372798 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48418 |
Resumo: | Contexto: Diversos estudos têm demonstrado o efeito protetor do peso corporal sobre o risco de osteoporose (OP) e de fraturas (Fx) por baixo impacto. No entanto, mais recentemente, tem sido verificada maior taxa de fraturas por fragilidade óssea, especialmente dos membros inferiores, em indivíduos com sobrepeso e obesidade. Objetivos: Determinar a prevalência de Fx por baixo impacto e OP em mulheres, de acordo com a estratificação pelo IMC. Além disso, verificar a relação entre o elevado IMC, OP e Fx por baixo impacto, bem como o desempenho da ferramenta SAPORI (SAo Paulo Osteoporosis Risk Index) para a identificação de mulheres com baixa massa óssea em cada categoria de IMC. Pacientes e Métodos: Foi analisado um banco de dados que incluiu a população de dois grandes estudos brasileiros, totalizando 6.182 mulheres com idade superior a 40 anos, provenientes de unidades básicas de saúde da área metropolitana de São Paulo. Todas elas responderam questionário detalhado sobre os fatores clínicos de risco (FCR) para OP e Fx, bem como realizaram a densitometria óssea da coluna lombar e fêmur proximal (DPX NT, GE-Lunar). Foi realizada a estratificação pelo IMC, de acordo com as categorias da Organização Mundial de Saúde (OMS), para se avaliar a prevalência dos FCR, OP e Fx na população estudada. Foram criados modelos de regressão logística multivariada para estabelecer a associação entre OP e Fx por baixo impacto com a DMO e os FCR. Além disso, foi verificada a acurácia da ferramenta SAPORI para o rastreamento de baixa massa óssea de acordo com as categorias de IMC. Resultados: A prevalência de OP em mulheres com sobrepeso e obesidade foi de 33,6% e 20,8%, respectivamente. No entanto, não houve diferença na prevalência de Fx por baixo impacto entre as categorias de IMC (baixo peso=13,7%, peso normal=12,3%, sobrepeso=11,8% e obesidade=12,7%; p=0,81). Observou-se que o aumento do IMC desempenhou papel protetor para o diagnóstico de OP densitométrica (OR=0,89; IC95% 0,88-0,90; p<0,001), mas não para a ocorrência de Fx por baixo impacto. A chance de Fx de fêmur foi menor em obesas comparadas a não obesas (OR=0,44; IC95% 0,20-0,97; p=0,03), entretanto não houve diferença nos demais sítios avaliados. Houve comprometimento significativo da sensibilidade da ferramenta SAPORI para identificar mulheres com baixa DMO no grupo de maior IMC. Conclusão: Nossos resultados mostraram que as medidas antropométricas, em particular o IMC, exercem impacto positivo sobre os valores de DMO em mulheres, mas não sobre a frequência de Fx por baixo impacto. Esses achados sugerem que fatores independentes da DMO possam estar implicados na maior fragilidade óssea observada em indivíduos com maior IMC. |