Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Vianello, Marcos Pereira [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69032
|
Resumo: |
Objetivo: Investigar e comparar os dados epidemiológicos e longitudinais oculares dos pacientes glaucomatosos, em acompanhamento em centros de saúde públicos e privados de cidades da região sudeste do Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo. Pacientes glaucomatosos foram incluídos aleatoriamente em cinco centros oftalmológicos (2 privados e 3 públicos), localizados em quatro diferentes cidades da região sudeste do Brasil no período de 2020 a 2022. Após inclusão, os seguintes dados epidemiológicos e longitudinais oculares foram coletados: idade, sexo, anos de seguimento, número de visitas, número de campimetrias (CV), número de retinografias, número de drogas em uso, acuidade visual, pressão intraocular (PIO), relação escavação disco (E/D) e índice de desvio médio do campo visual (MD). O objetivo primário foi a comparação desses diversos parâmetros entre os pacientes atendidos no setor de saúde público e privado. O objetivo secundário foi a investigação de fatores associados à baixa visão entre os participantes do estudo. Resultados: Um total de 95 pacientes (190 olhos) do setor público e 98 pacientes (196 olhos) do setor privado foram incluídos. Os resultados encontrados para o setor público e privado foram, respectivamente: idade média de 68±12 e 66±13 anos (P=0,296), 54,2% e 55,1% do sexo feminino, período de acompanhamento de 4±1,9 e 4,8±2,5 anos (P=0,003), acuidade visual (decimal) 0,48±0,4 e 0,67±0,3 (P<0,001) e PIO média de 18,5±7,9 e 17,4±6,5mmHg (P=0,561). Enquanto pacientes do setor público obtiveram piores danos de campo visual (MD: 12,8± 10dB vs 5,9± 6,6dB; P<0,001) e maior relação escavação disco (E/D: 7 xi 0,82±0,1 vs 0,72±0,1; P=0,030), os pacientes do setor privado obtiveram um maior número de visitas/ano (3,5 ± 2 vs 2,8 ± 1,5; p=0,001), retinografias/ano (1,1 ± 0,5 vs 0,6 ± 0,4; p<0,001) e número de campos visuais/ano (CV: 1,8 ± 0,7 vs 1,1 ± 0,6; p<0,001) por ano. Na rede pública obtivemos um percentual de 20% de pacientes com baixa visão enquanto na rede particular este valor foi de 5,6%. Conclusão: Os dados evidenciam que, apesar dos pacientes atendidos no setor público apresentarem doença mais avançada, eles são acompanhados menos frequentemente e fazem menos exames do que os pacientes atendidos nos setor privado. Embora o desenho do estudo não permita estabelecer relação de causa e efeito, observamos uma maior prevalência de baixa visão nos pacientes de serviços públicos, estando associada a uma menor capacidade de detecção de progressão da doença neste grupo. |