Avaliação da frequência do vírus respiratório sincicial humano em indivíduos assintomáticos e sintomáticos em um complexo hospitalar terciário
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2395709 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/49035 |
Resumo: | O vírus respiratório sincicial humano (VRSH) tem reconhecida importância como causador de infecções do trato respiratório de crianças, idosos e imunocomprometidos desde os primeiros anos após sua descoberta. Com o passar do tempo e o advento da biologia molecular a detecção do VRSH passou a ser investigada também em casos de infecção de adultos previamente saudáveis. Pacientes imunocomprometidos, profissionais de saúde e familiares de crianças possuem risco aumentado de adquirir a infecção e contribuir na disseminação do vírus. Este estudo teve como objetivo avaliar a frequência do VRSH em amostras de swabs nasais de indivíduos considerados de alto risco para a aquisição da infecção, e avaliar e comparar a carga viral do VRSH nos grupos avaliados. Foram analisadas 696 amostras, coletadas entre os anos de 2009 a 2013, de 6 grupos distintos de indivíduos sendo: 70 amostras de profissionais de saúde sintomáticos e 95 amostras de assintomáticos, 43 amostras de pacientes HIV positivos sintomáticos e 100 amostras de assintomáticos, 192 amostras de contactantes assintomáticos de crianças sintomáticas e 196 amostras de crianças sintomáticas. Como teste diagnóstico foi utilizado o real-time RT-PCR, sendo realizada análise qualitativa e quantitativa das amostras. Após avaliação o VRSH foi detectado em 10,1% (70/696) das amostras sendo 4,4% (17/387) das amostras de pacientes assintomáticos e 17,1% (53/309) das amostras de pacientes sintomáticos, positivas para o VRSH, tendo sido encontrada diferença estatisticamente significativa quando comparado de forma geral (p<0,0001), mas esta diferença não é observada quando excluímos as amostras de crianças da análise (p=0,62). Entre os grupos avaliados o VRSH foi detectado em 3% (3/100) das amostras de HIV positivos assintomáticos e em 7% (3/43) das amostras de sintomáticos, no grupo de profissionais de saúde o vírus foi encontrado em 1,05% (1/95) dos assintomáticos e em 4,3% (3/70) dos sintomáticos. Entre os contactantes assintomáticos a positividade foi de 6,8% (13/192) e entre as crianças sintomáticas o VRSH foi detectado em 24% das amostras (47/196). Os contactantes assintomáticos apresentam número significativamente maior de amostras positivas (13/192) do que os grupos de HIV e profissionais assintomáticos (4/195), com p= 0,0252. Obtivemos 11 pares de crianças sintomáticas e contactantes assintomáticos com amostras positivas para VRSH, sendo que os pais de crianças com amostras positivas para VRSH tem 22 vezes mais chances de estar infectado pelo vírus do que pais de crianças com amostras negativas (95% IC 4,8 - 106,7). Houve diferença estatisticamente significativa entre a carga viral dos grupos de sintomáticos e assintomáticos (p<0,0001), e as crianças sintomáticas apresentaram carga viral significativamente maior do que a de seus pares contactantes assintomáticos (p<0,0001) e do que as crianças que não tiveram contactantes assintomáticos com amostras positivas (p<0,0001). Nosso estudo mostrou como importante fator de risco para aquisição da infecção pelo VRSH, o contato próximo com crianças infectadas pelo vírus. Esse risco se estende aos profissionais de saúde, pacientes HIV positivos e até mesmo visitantes de pacientes hospitalizados, que tenham contato com crianças em casa. Sendo assim a necessidade de manter a equipe de profissionais e a população informados acerca das medidas de profilaxia contra a aquisição da infecção pelo vírus respiratório sincicial é fundamental. |