Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Braga, Evandro José [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63979
|
Resumo: |
Com o objetivo de construir possibilidades de uma práxis educativa transformadora, este trabalho visa uma proposta de ensino de História através da narrativa gráfica Angola Janga (2017) de Marcelo D’Salete. A pesquisa consiste em um estudo histórico crítico acerca do sistema escravocrata responsável por estabelecer uma hegemonia racista no Brasil que inibiu a construção de uma identidade orgânica dos negros e deslegitima a cultura afrodescendente, como pode-se verificar em diferentes historiografias, nos currículos prescritos e na cultura da mídia e, em especial, nas histórias em quadrinhos. Ao propormos uma possível leitura da obra, refletimos sobre sua potencialidade para trabalhar o tema e promover uma discussão acerca do racismo estrutural em sala de aula. A fim de reduzir o distanciamento entre o currículo prescrito e o ativo, defendemos a importância do ensino de história contextualizado com a cultura escolar que deve guiar a escolha de materiais e conteúdos que auxiliam e conduzem o trabalho docente na formação do conhecimento histórico. Desse modo, apresentamos três propostas pedagógicas coerentes com a utilização dos quadrinhos na educação que objetivam uma transformação social: a de Dermeval Saviani, com a pedagogia histórico-crítica; a de István Mészáros, que pensa uma educação para além do capital; e a de Allan da Rosa, que elabora a Pedagoginga enquanto uma educação necessária para recuperar a ancestralidade do negro apagada pela hegemonia. Por fim, expomos duas formas possíveis de como levá-las ao ensino em concordância com as propostas pedagógicas analisadas no trabalho. Portanto, procuramos dar condições para que professores possam se apropriar de uma historiografia crítica que embasa a leitura de Angola Janga e, assim, possam promover um ensino coerente e de desenvolvimento crítico de seus alunos, estabelecendo uma pedagogia do conflito em contraposição à pedagogia do consenso presente nas prescrições curriculares que apenas reconhece as culturas minoritárias, mas não objetiva trazer as mudanças que almejamos alcançar. |